PCH-1: Sindipetro-NF cobra ações imediatas da Petrobras após explosão em Cherne 1

O desembarque de todos os trabalhadores não essenciais, avaliação médica e psicológica de todos os trabalhadores que estavam na plataforma e a troca de turma imediata fazem parte de uma série de exigências urgentes que constam de um ofício enviado pelo Sindipetro-NF à Petrobrás nesta quarta (24), diante da grave explosão seguida de incêndio ocorrida na última segunda-feira (21) na plataforma PCH-1 que teve vários trabalhadores feridos e traumatizados, na Bacia de Campos.

As exigências visam garantir a segurança, o bem-estar e os direitos dos trabalhadores envolvidos no acidente. No documento, o sindicato lembra que tem representação legal para negociar em nome dos petroleiros e que a segurança no trabalho é um direito previsto na Constituição Federal. O texto destaca ainda a responsabilidade da empresa em assegurar um ambiente seguro e preservar a saúde física e mental dos empregados.

Entre os pontos solicitados pelo sindicato estão:

  1. Avaliação médica e psicológica de todos os trabalhadores que estavam na plataforma durante o acidente, com a emissão de laudos. Se necessário, o embarque imediato de profissionais de saúde especializados;

  2. Troca de turma imediata, sem prejuízos salariais ou de benefícios, para os trabalhadores que vivenciaram o acidente;

  3. Desembarque de todos os trabalhadores não essenciais, preservando apenas o mínimo necessário à manutenção da habitabilidade da plataforma;

  4. Emissão de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) para todos os trabalhadores que estavam embarcados durante o incidente;

  5. Emissão de atestados médicos compatíveis com os períodos de recuperação física e emocional de cada trabalhador;

  6. Agendamento de uma reunião extraordinária da CIPLAT, com a pauta voltada exclusivamente para o acidente;

  7. Paralisação de todas as atividades não essenciais na PCH-1, até que haja comprovação de que a unidade está em condições seguras de operação.

A diretoria do sindicato  afirma que a cobrança é um ato de responsabilidade diante da gravidade do ocorrido. “O trauma vivido por esses trabalhadores não é algo que possa ser ignorado ou tratado com superficialidade. A Petrobras tem a obrigação de oferecer todo o suporte necessário e garantir que episódios como esse não se repitam”, afirmaram no documento.

O Sindipetro-NF continuará acompanhando de perto todas as etapas da investigação do acidente e reforça que permanecerá atuando firmemente na defesa da vida, da saúde e dos direitos dos trabalhadores da indústria do petróleo.