FUP presente nos atos pela taxação dos super-ricos, defesa da soberania e fim da escala 6×1

Críticas contra Trump deram o tom político dos atos organizados pelas Frentes Povo sem Medo e Brasil Popular por justiça tributária e mais direitos

[Da comunicação da FUP, com informações da CUT e do Brasil de Fato]

Dezenas de milhares de pessoas ocuparam a avenida Paulista, em São Paulo (SP), na noite desta quinta-feira (10), durante o ato pelo fim da escala 6×1 e taxação dos super-ricos. O ato ganhou força com a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de taxar os produtos brasileiros em 50%, o que fez com que o tema da soberania nacional entrasse na pauta.

Com o mote “Centrão, o povo não vai pagar a conta”, o ato mandou o recado para a oposição ao governo no Congresso Nacional, que está tentando inviabilizar as propostas do presidente Lula para taxar os mais ricos e isentar o Imposto de Renda para os que recebem até R$ 5 mil mensais. O fim da escala 6 X1 e a redução da jornada de trabalho sem redução salarial também foram pauta de reivindicações dos manifestantes.

Dirigentes da FUP e de seus sindicatos marcaram presença no ato da avenida Paulista e também no que foi realizado no Rio de Janeiro, em frente à Bolsa de Valores, na Praça XV. O diretor da FUP e do Sindipetro NF, Tezeu Bezerra, falou em nome dos petroleiros e petroleiras, lembrando as lutas históricas da categoria e do povo brasileiro em defesa da soberania nacional. “Esses mesmos hoje que são contra o povo brasileiro e estão fazendo lobby com o governo Trump, eles tentaram vender a maior empresa da America Latina, empresa essa que gera milhares de empregos”, afirmou.

Ele reforçou a urgência dos trabalhadores e trabalhadoras continuarem mobilizados, pois o que está em curso é a luta de classes. “Se a gente não for pras ruas e tirar do governo esses fanafarrões que hoje tentam entregar o nosso país e os nossos direitos, a gente não vai conseguir mudar a escala 6×1, botar o pobre no orçamento e taxar os super-ricos”, alertou o petroleiro.

 

Outras capitais

Além de São Paulo e Rio de Janeiro, o ato convocados pelas centrais sindicais e movimentos sociais também mobilizou outras capitais, como Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Recife e São Luís. Em todas as manifestações, hove urnas para a coleta de votos do Plebiscito Popular 2025. A iniciativa busca promover a discussão sobre temas como a redução da jornada de trabalho sem redução salarial, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a taxação dos super-ricos.

Em Porto Alegre (RS) o ato aconteceu pela manhã, na Esquina Democrática, onde foi lançado o plebiscito sobre a privatização do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae). A mobilização também tratou das pautas do Plebiscito Popular 2025, como a taxação dos super-ricos, justiça social e redução da jornada de trabalho.