Essa luta é pela soberania nacional!

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Defender a Petrobrás e o pré-sal é defender a soberania nacional. O recado dado aos parlamentares no ato de Brasília, no último dia 03, reforçou o caráter ideológico da campanha “O petróleo tem que ser nosso”. A FUP, CUT, CTB, MST, UNE e outros movimentos sociais pautaram e fizeram repercutir no Congresso Nacional o debate em torno do monopólio estatal do petróleo e de uma Petrobrás 100% pública. 

O ato reuniu cerca de três mil pessoas, que chegaram à Brasília em caravanas de vários estados do país. Os sindicatos de petroleiros filiados à FUP enviaram 11 ônibus para a manifestação, com trabalhadores da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Duque de Caxias, Norte Fluminense e de São Paulo. 
O objetivo inicial era ocupar de forma pacífica o Salão Verde da Câmara Federal. Os seguranças foram acionados e tentaram impedir a entrada dos manifestantes, dificultando, inclusive, o acesso dos trabalhadores aos gabinetes dos parlamentares. Para evitar o enfrentamento, o ato foi realizado em frente ao Congresso Nacional, onde dirigentes sindicais, parlamentares e lideranças dos movimentos sociais e estudantis cobraram uma nova lei para o petróleo. A defesa do monopólio estatal e a crítica à CPI armada contra a Petrobrás foram o tom da maioria dos discursos. 
A presidente da UNE, Lúcia Stumpf, anunciou que no dia 16 de julho, mais de dez mil estudantes estarão nas ruas de Brasília, “lutando para que o petróleo seja nosso, como fizemos na década de 50”. Marina dos Santos, da coordenação nacional do MST, criticou a intenção da oposição de colocar os bens naturais do Brasil a serviço das multinacionais. O presidente da CUT, Artur Henrique, alertou para as intenções politiqueiras do PSDB e do DEM que, através da CPI da Petrobrás, “querem inviabilizar os investimentos e projetos da empresa para que o país supere a crise”.

A luta continua

Manaus – 08/06, ato na Praça da Matriz
Bahia – 12/06, ato no Campo Grande
São Paulo – 19/06, ato no Edisp
Fortaleza – 19/06, ato na Praça do Ferreira
Brasília – 16/07, passeata da UNE

Carta aberta

No dia anterior ao ato, dirigentes da FUP, CUT e CTB já percorriam os corredores do Congresso Nacional, para divulgar “Carta Aberta aos Parlamentares”, ressaltando a urgência de uma nova lei do petróleo e questionando as motivações políticas da CPI contra a Petrobrás.  “Os trabalhadores, estudantes, militantes sociais e todos os brasileiros que defendem a soberania nacional estão nas ruas, de prontidão, para impedir qualquer tentativa de retomada do projeto de privatização da Petrobrás”, diz o documento, que foi distribuído na Câmara e no Senado.

No Congresso

“É preciso discutir ideologicamente o que se quer com a Petrobrás e o pré-sal”, declarou o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, no Plenário da Câmara dos Deputados, durante uma Comissão Especial no dia 02, que discutiu políticas para a nova província petrolífera do país. O debate continuou no dia seguinte, com o seminário “O Brasil diante do pré-sal”, realizado no Auditório Nereu Ramos, que foi tomado pelos dirigentes da FUP e pelas caravanas de petroleiros que participaram do ato em defesa da Petrobrás. A “Carta Aberta aos Parlamentares” foi lida em tom de manifesto pelo coordenador da Federação, que ressaltou que a luta por uma nova lei do petróleo é prioridade na agenda dos trabalhadores e estudantes brasileiros:
“A campanha ‘O petróleo tem que ser nosso` aglutinou trabalhadores, estudantes, movimentos populares e frentes de esquerda na luta por uma nova legislação, que restabeleça o monopólio estatal do petróleo e uma Petrobrás 100% pública e com compromisso social. Só assim, garantiremos que as riquezas geradas pelo pré-sal sejam utilizadas em benefício da população e não dos grupos econômicos privados”.

Petroleiros começam a eleger delegados para a I Plenafup

Com o tema “Somos todos trabalhadores”, a I Plenária Nacional da FUP começa dia 02 de julho, no Assentamento do Cotestado, na cidade de Lapa, no Paraná. Serão três dias de debates, onde os delegados eleitos para representar a categoria discutirão temas atuais da conjuntura política nacional e internacional, assim como pautas de negociação e campanhas reivindicatórias, organização sindical, saúde e segurança, previdência, entre outros questões. 
Os sindicatos já estão realizando congressos regionais e assembléias para discutir as propostas da categoria que serão levadas para a I Plenafup e eleger os delegados que representarão os trabalhadores neste fórum nacional (veja calendário abaixo). 
Conforme estabelece o novo estatuto da FUP (aprovado no ano passado, durante o XIV Confup), a plenária substitui os congressos anuais. O Congresso Nacional passa a ser realizado a cada três anos para eleição da diretoria da Federação e demais deliberações. 
A escolha de um assentamento do MST para sediar a I Plenafup fortalece a unidade de classe dos petroleiros com os trabalhadores rurais, que sempre estiveram presentes nas principais lutas da categoria. 

Congressos Regionais

Sindipetro-ES – 06/06
Sindipetro-PE –  06/06
Sindipetro-PR/SC – 06/06
Sindipetro Unificado-SP – 11/06
Sindipetro Caxias – 13/06
Sindipetro-NF – de 15 a 17/06
Sindipetro-MG – 15 a 17/06
Sindipetro-AM – de 19 a 21/06
Sindipetro-RN –  20/06
Sindipetro-CE –  20/06

Regramento das PLRs futuras

É nesta segunda, 08, a primeira reunião do grupo de negociação paritário (formado pela FUP e Petrobrás), que irá discutir o regramento das PLRs futuras, com base na proposta aprovada pela categoria.

Trabalhadores da Fafen-BA entram em estado de greve contra punição a inocente

A gerência da Fafen-BA puniu arbitrariamente, com cinco dias de suspensão, um operador inocente, alegando que ele recusou-se a debelar um incêndio em sua unidade. O “engano” da gerência foi esclarecido por todos os trabalhadores, que testemunharam o empenho do operador, no combate à emergência. O que de fato está por trás da punição é a perseguição e intimidação das gerências aos trabalhadores que estão exercendo legitimamente o direito de pedir desligamento das Brigadas de Incêndio. 
Como a própria Petrobrás reconhece, o trabalho dos brigadistas é voluntário. A FUP vem lutando para que a empresa regularize a função de brigadista e garanta condições adequadas de trabalho e treinamento para os petroleiros que integrarem estas equipes. 
Para pressionar a Petrobrás a avançar nesta questão, a Federação e seus sindicatos orientaram os trabalhadores que compõem as brigadas a formalizarem por escrito às gerências seu pedido de desligamento. Várias gerências, no entanto, têm pressionado os operadores a atuarem nas brigadas, mesmo contra sua vontade. Nas unidades em que a resistência é maior, as empresa tem composto estas equipes de emergência com trabalhadores terceirizados, muitos dos quais não utilizam sequer vestimentas próprias para combate a incêndio, como macacões e luvas de proteção.
Na Fafen-BA, ficou nítido para os trabalhadores a intenção do gerente de querer “dar uma lição” na categoria, ao punir arbitrariamente o operador que se desligou da brigada.
 A truculência e o autoritarismo da gerência indignou os demais trabalhadores, que renunciaram coletivamente à função de brigadistas e também pediram afastamento da CIPA até que a punição seja revertida.  Os petroleiros da Fafen aprovaram ainda estado de greve e ameaçam parar suas atividades, se o gerente não voltar atrás em sua atitude arbitrária e de perseguição. Os trabalhadores também estão dispostos a discutir melhores condições de treinamento para a brigada.