Presidente Lula participa de inauguração de termelétrica no Açu e defende potencial do Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na manhã de hoje, da inauguração de Usina Termelétrica GNA II, no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ). Em seu discurso, o presidente defendeu a distribuição de renda, a geração de empregos e a defesa dos interesses brasileiros. Ele lembrou que esteve no Porto do Açu em 2013, e que no início o projeto “era tido como faraônico, mas se vê que agora está acontecendo”.

A Usina contou com investimentos de R$ 7 bilhões do Novo Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC), tem capacidade instalada de 1,7 GW (o suficiente para atender aproximadamente 8 milhões de residências) e gerou 10 mil empregos durante a fase de construção.

“Muito dinheiro na mão de poucos significa pobreza. Pouco dinheiro na mão de muitos significa riqueza”, afirmou o presidente Lula, defendendo que os investimentos sejam revertidos em geração de empregos e que os governos atuem para fazer a economia circular.

Lula estimulou os empresários e trabalhadores a acreditarem no país, porque cabe aos brasileiros essa defesa, inclusive para atrair investimentos. Ele advertiu que os investidores só colocam dinheiro onde há certeza de retorno, e por isso é importante cuidar da infraestrutura energética e na educação.

” É assim que nós começamos a fazer no Brasil. Vocês vão lembrar, não faz muito tempo, eu penso que a memória de vocês ainda está muito fresca, a gente viveu um período de obscurantismo aqui no país. A gente viveu um período em que ninguém queria receber o presidente do Brasil e que ninguém queria vir visitar o presidente do Brasil. Era uma coisa fantástica. Porque nós saímos do Brasil mais alegre do mundo. O Brasil era considerado o país mais alegre do mundo, e era considerado o país com mais esperança do mundo, e de repente esse país caiu numa escuridão, ninguém acreditava no Brasil, ninguém queria vir aqui e ninguém queria receber o homem lá”, lembrou.

O presidente continuou, então, apontando a mudança de rumo no país em seu governo: “O que nós fizemos? A primeira coisa é a gente recuperar a credibilidade que esse país merece junto ao mundo. Nós somos, na pior das hipóteses, a décima economia do mundo, na melhor, já fomos a sexta economia em 2008, e no meio nós podemos ser sempre a oitava economia do mundo, com viés de ser a sétima. Para isso nós temos que acreditar em nós e fazer com que as outras pessoas acreditem em nós”, afirmou, listando dezenas de países em que esteve reunido no atual governo para defender os interesses comerciais do Brasil, em todos os continentes.

“Nós temos muita coisa para falar lá fora. Nós temos muita coisa para vender lá fora, não apenas os nossos produtos de exportação, mas as ideias nesse momento em que o mundo está vivendo, em que a energia passa a ser o ouro, porque só se fala em transição energética, só se fala em energia renovável sustentável, só se fala em etanol, se fala em biodiesel, em hidrogênio verde, se fala numa série de coisas e todas essas coisas o Brasil tem de sobra”, defendeu, Lula.

O presidente afirmou ainda que Brasil não vai abdicar dos combustíveis fósseis enquanto ele for necessário, mas vai utilizar o dinheiro gerado pelos combustíveis fósseis para gerar energia limpa. Ele também cobrou o compromisso dos países ricos, que já devastaram as suas florestas, com o financiamento dos países que, como o Brasil, ainda mantém florestas de pé.

O Sindipetro-NF participou da cerimônia de inauguração da Usina Termelétrica GNA II, representado pelo diretor sindical Guilherme Cordeiro. Diversas outras lideranças dos movimentos sociais da região também estiveram presentes.