Na tarde desta segunda-feira, 28, a diretoria do Sindipetro-NF participou de uma reunião com representantes da Petrobrás, incluindo o diretor de processos industriais, William França, para tratar da incorporação dos trabalhadores cedidos da Transpetro que atuam na unidade de Cabiúnas, em Macaé. O encontro é parte de uma mobilização histórica do sindicato em defesa da valorização desses petroleiros, que há quase uma década desempenham suas funções integrados às operações da Petrobrás, mas sem o devido reconhecimento formal.
Representaram o Sindipetro-NF na reunião o Coordenador do Sindipetro-NF, Sergio Borges e os diretores Johnny Souza, Benes Jr, Marcelo Nunes, Bárbara Bezerra e Alexandre Vieira, além de dois trabalhadores da base.
De acordo com o Coordenador Sergio Borges, a reunião teve um saldo bastante positivo: “Foi uma reunião extremamente produtiva, onde a gente conseguiu uma sinalização muito positiva para seguir com o pleito. As próximas reuniões já serão com a área jurídica da Petrobrás, que vai analisar os aspectos técnicos desse processo de incorporação”, destacou.
Ele lembrou que o pleito já foi aprovado em instâncias decisórias da categoria, como o Congresso Regional dos Petroleiros (Congrenf 2024),seguirá para a Plenária Nacional da FUP (Plenafup), e tem o apoio dos trabalhadores que atuam na unidade. Durante a reunião, houve abertura da gestão da Petrobrás para dar continuidade ao diálogo e seguir avançando na análise da proposta.
Além da questão da formalização do vínculo, o sindicato também chamou atenção para os impactos que a indefinição institucional causa na saúde dos trabalhadores. O diretor Alexandre Vieira foi enfático ao afirmar que a convivência entre duas estruturas distintas na mesma operação tem afetado o bem-estar dos petroleiros. “A questão da saúde do trabalhador está sendo afetada com essas duas empresas operando ao mesmo tempo. É importante definir para quem os trabalhadores prestam serviço fim. Se é para a Petrobrás, estão sob ordem da companhia e devem ter a Petrobrás como responsável direta. A saúde ocupacional também deve ser da Petrobrás”, afirmou.
Para a direção do Sindipetro-NF, as duas últimas reuniões sobre o tema representaram um avanço importante na luta por justiça para os trabalhadores de Cabiúnas. A entidade sindical continuará pressionando por soluções concretas e manterá a categoria informada sobre os próximos passos desse processo.