Setorial nesta manhã em Cabiúnas dialoga sobre pautas nacionais e locais como incorporação e segurança

O Sindipetro-NF dá sequência nesta manhã aos encontros com a categoria petroleira nas bases e aeroportos, em fase de intensificação do trabalho de conscientização e mobilização rumo à Campanha Reivindicatória. Desta vez a setorial foi na base de Cabiúnas, que recebeu às 7h, na troca do turno, o coordenador geral da entidade, Sérgio Borges, e os diretores Alexandre Vieira e Marcelo Nunes. Na mesma base, hoje à noite, às 19h, haverá setorial com o pessoal do grupo ADM.

Após a atividade, os diretores gravaram um vídeo para registrar um resumo dos temas tratados com os trabalhadores da base, que envolveram informes sobre as pautas nacionais da categoria, a conjuntura do país e da Petrobrás, o início das negociações da Campanha Reivindicatória e pautas locais da unidade, como incorporação e segurança.

Borges destacou que “estamos hoje finalizando a rodada de setoriais aqui do Terminal de Cabiúnas, em Macaé, dialogando com os trabalhadores sobre a entrega de pauta e a Campanha Reivindicatória desse ano. As pautas centrais da categoria petroleira, como resolver de forma definitiva os PEDs que geram desconto na Petros, a questão dos planos de cargos, que também é outra pauta central, e pautas locais que dialogam os trabalhadores aqui, com a questão da incorporação dos trabalhadores de Cabiúnas. Foi uma rodada setorial essencial onde a gente pôde ter a oportunidade também de receber dos trabalhadores uma série de demandas que a gente vai estar dialogando mais para frente”.

O diretor Alexandre lembrou a questão da segurança no trabalho, destacando um problema grave, não resolvido, sobre o perigo do trânsito em frente ao terminal. “A gente também falou sobre a trágica posição da Petrobrás em relação ao acidente que teve aqui com fatalidade. no dia 19 de julho, onde um caminhão da empresa Lyft, fazendo a manobra para entrar no terminal, colidiu com uma moto, onde o ocupante da moto veio a falecer. Isso é sim um acidente que a Petrobrás precisa investigar. E a resposta da Petrobrás, pasmem, foi dizer que o trabalhador dirigindo o caminhão da empresa, entrando no terminal, estava fazendo assunto particular”.

“É uma postura absurda que só pensa em número, não pensa em buscar a segurança real de uma via que é perigosa, onde trafegam carretas lotadas de toneladas de gás que cruzam essa via todo dia. Infelizmente, a Petrobrás não está fazendo nada para buscar ações imediatas de analisar esse acidente, que a gente entende que ela está dizendo que daqui da porta para fora ela não se importa mais com seus trabalhadores”, complementou, Vieira.

O diretor Marcelo Nunes incentiva a todos os trabalhadores e trabalhadoras a manterem o diálogo com o sindicato, relatando suas condições de trabalho e enviando informações que subsidiem a atuação sindical: “É fundamental que os trabalhadores nos passem todas as demandas para que a gente consiga marcar reuniões com a gestão para negociar uma melhoria. E aí, com certeza, nós todos vamos estar juntos para conseguir questões de segurança muito melhores e de respeito aos direitos dos trabalhadores”.

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Primeira reunião sobre ACT nesta quinta

Em documento enviado à Petrobrás e às suas subsidiárias (Ansa, PBio, TermoBahia e Transpetro), a FUP solicitou a prorrogação do atual Acordo Coletivo de Trabalho até o final da campanha de negociação do novo ACT. Também foi solicitada antecipação da reposição da inflação acumulada nos últimos 12 meses (entre setembro de 2024 e agosto de 2025), bem como a manutenção de todos os direitos. Em resposta, a empresa enviou documento à FUP, no último dia 22, agendando reunião para esta quinta-feira (28), para discutir o Acordo Coletivo.

Durante a Oficina de Planejamento da Campanha Reivindicatória, realizada entre os dias 19 e 21 de agosto, os dirigentes da FUP e de seus sindicatos, junto com as assessorias jurídica e do Dieese, definiram estratégias não só de negociação, como também de mobilizações para avançar na conquista das reivindicações que foram deliberadas pela categoria na 12ª Plenafup.

O Sindipetro-NF tem avaliado que as negociações serão duras e que a categoria petroleira tem que se preparar para a greve. Além de intensificar os contatos com a base, a diretoria do sindicato tem reforçado os laços com as demais entidades de bases offshore e de outros segmentos da categoria. Em todas as negociações recentes e em curso, como as que envolvem o Plano de Cargos e o Equacionamento, a gestão da companhia tem se mostrado intransigente na adoção de uma política de austeridade para os trabalhadores e generosidade para os acionistas. O sindicato entende que só a pressão dos trabalhadores e das trabalhadoras vai mudar esse quadro e garantir acordos justos, que valorizem os petroleiros e petroleiras.

Esquenta do NF com cafés, rolezinhos e setoriais

O Sindipetro-NF vai continuar a intensificar a presença de diretores e diretoras nas bases e aeroportos, por meio de rolezinhos, cafés sindicais, setoriais e embarques de Cipa. O objetivo é aumentar o diálogo com a categoria neste momento de início das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho, e reta final dos entendimentos acerca de temas como o Plano de Cargos e Equacionamento.

“Esse rolezinho tem o objetivo de a gente ficar próximo da base, fazer aquele bate papo necessário, e inclusive, agora, mobilizar a categoria nesse cenário pesado de negociação com a direção da empresa, que sinaliza austeridade com a gente e farra para fora, para os lucros e dividendos. Está na hora de a gente brigar, porque nesse ano, com certeza, a gente vai ter que fazer uma greve para garantir os nossos direitos”, explica Marcos Botelho, um dos diretores que tem participado dos rolezinhos.

Os rolezinhos acontecem nas bases de Imbetiba e Imboassica — esta última também recebeu um café sindical. Na base de Cabiúnas acontecem reuniões setoriais nos grupos de turno e no Administrativo, de acordo com agendas que vão sendo divulgadas no site da entidade. Nos aeroportos os contatos com os grupos de trabalhadores offshore são garantidos por setoriais diárias. Também nas plataformas, o contato é viabilizado por meio de embarques de diretores sindicais para as reuniões de Cipa.