Da Imprensa da FUP – Nesta terça-feira, 21, a FUP e seus sindicatos realizaram mais uma rodada de reuniões com a Petrobrás, que trataram de reivindicações importantes da categoria petroleira. Pela manhã, foi realizada uma reunião específica sobre combate à violência no trabalho com gestores da área de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI). Na parte da tarde, a FUP apresentou a Pauta pelo Brasil Soberano, com propostas dos trabalhadores para o fortalecimento e a integração do Sistema Petrobrás, e o Plano de Transição Energética Justa para o Setor de Óleo e Gás, destacando também as reivindicações para o ACT que dialogam com esses dois temas.
No final do dia, a FUP participou ainda de uma terceira reunião em que a Petrobrás anunciou que formalizará nesta quarta-feira, 22, a apresentação de uma proposta de quitação da PLR 2019, reconhecendo a legitimidade do pleito que as entidades sindicais cobram há mais de cinco anos. Trata-se do pagamento proporcional da PLR, referente aos três primeiros meses de 2019, que as gestões anteriores da empresa se recusaram a quitar, descumprindo o Acordo de Regramento de 2014, cuja validade foi até 31 de março de 2019.
A proposta será analisada pelas direções sindicais durante o Conselho Deliberativo da FUP, nesta quarta, quando serão discutidos os próximos encaminhamentos da campanha reivindicatória dos trabalhadores do Sistema Petrobrás e os indicativos que serão levados às assembleias para deliberação da categoria.
Pauta pelo Brasil Soberano
A Petrobrás precisa retomar o protagonismo na indústria nacional e no desenvolvimento do país, voltando a atuar como uma empresa integrada, capaz de liderar a transição energética justa, priorizando as necessidades do povo brasileiro e não dos acionistas. Esse é o eixo central da Pauta pelo Brasil Soberano, cujas propostas foram apresentadas aos gestores da estatal nesta terça-feira. O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, destacou que as campanhas reivindicatórias da categoria vão além das pautas corporativas e lembrou que, desde 2015, quando a Pauta pelo Brasil foi incorporada ao processo de negociação coletiva, os trabalhadores têm disputado os rumos da Petrobrás com propostas para fortalecer a empresa e defender a soberania nacional.
“A Pauta pelo Brasil Soberano é o resultado desse acúmulo de debates e de lutas que a categoria vem realizando ao longo dos últimos anos, junto com o Ineep e o Dieese, com propostas que já foram apresentadas ao presidente Lula, a diversos setores do governo, aos gestores da Petrobrás e, inclusive, incorporadas ao capítulo de Energia do plano de governo que foi eleito nas urnas”, afirmou Bacelar.
O conjunto de propostas apresentado reforça reivindicações históricas, como a defesa da Petrobrás 100% pública, com aumento da participação do Estado na composição acionária da empresa, e a integração do Sistema, com a incorporação de subsidiárias, e também propostas para retomada de setores que foram desmontados nos governos passados, como o E&P e fertilizantes; reestatização dos ativos privatizados; fim dos afretamentos de navios e plataformas; valorização da política de conteúdo nacional; ampliação e modernização do parque de refino para aumentar a produção de combustíveis sustentáveis e reduzir a importação de derivados.
A FUP também destacou que a Pauta pelo Brasil Soberano resgata o papel social da Petrobrás, com propostas de fortalecimento da política de responsabilidade social para que a empresa volte a ser um potente agente de fomento e de democratização da cultura e de projetos ambientais, esportivos e de inclusão social. Outros dois pontos da pauta destacados pelas representações sindicais foram o fortalecimento do coletivo na cultura organizacional do Sistema Petrobrás e na destinação da renda gerada pelo petróleo, priorizando a redução das desigualdades entre o que é apropriado pelos acionistas e o que é revertido em geração de emprego, renda e qualidade de vida para o povo brasileiro.
Veja a íntegra da Pauta pelo Brasil Soberano
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