Com o encerramento, ontem, do prazo para que unidades que desejassem rever o posicionamento em relação ao acordo da PLR 2019 fizessem novas assembleias, o Sindipetro-NF tem agora, consolidado, o resultado final da sequência de assembleias que começaram no dia 26 de outubro.
A categoria petroleira na região aprovou todos os indicativos do Sindipetro-NF e, além de rejeitar a mais recente contraproposta da Petrobrás para o Acordo Coletivo, passou a estar de modo oficial em Estado de Assembleia Permanente e em Estado de Greve.
Confira os percentuais em cada ponto de pauta:
Totalização Plataformas e Bases Terra do NF
- Ponto 01 – Rejeição Proposta – A Favor 99,59%, Contra 0,31%, e Abstenção 0,10%
- Ponto 02 – Aprovação estado greve – A Favor 97,10%, Contra 1,45% e Abstenção 1,45%
- Ponto 03 – Aprovação assembleia Permanente – A Favor 98,96%, Contra 0,52% e Abstenção 0,52%
- Ponto 04 – Aprovação Manifesto – A Favor 99,48% , Contra 0 e Abstenção 0,52%
- Ponto 05 – Aprovação 03 eixos – A Favor 98,86%; Contra 0,62% e Abstenção 0,52%
- Ponto 06 – PLR 2019 – A Favor 82,16%; Contra 14% e Abstenção 3,84%
Os indicativos também foram aprovados em todas as demais bases da FUP. A Federação comunicou os resultados à Petrobrás e subsidiárias na última sexta-feira (07). Foi cobrada a retomada das negociações para esta terça-feira (11), quando a Petrobrás se reunirá com as representações sindicais para responder aos questionamentos feitos em relação ao novo PDV e às mudanças na jornada de trabalho dos médicos e odontologistas.
No documento enviado às empresas do Sistema, a FUP também informa que a categoria referendou nas assembleias os três eixos de luta da campanha reivindicatória: que a Petrobrás apresente uma proposta concreta para resolver os planos de equacionamento dos déficits da Petros (PEDs); que o ACT reflita a distribuição da riqueza gerada pelos trabalhadores, garantindo condições dignas de trabalho, saúde e segurança, sem ajuste fiscal sobre salários e carreiras; em defesa da Pauta pelo Brasil Soberano e contra as privatizações e o novo modelo de negócios que está sendo implementado pela diretoria da Petrobrás.
PLR 2019
As assembleias também aprovaram a quitação da PLR 2019, um pleito que as entidades sindicais cobravam há mais de cinco anos e que foi, finalmente, reconhecido pela gestão da Petrobrás. Por meio de uma proposta construída em mesa pela FUP, o acordo garantiu um valor igual para os trabalhadores de todo o Sistema Petrobrás, uma conquista que reafirma a solidariedade de classe da categoria.
Trabalhadores querem distribuição justa da riqueza gerada
O resultado do terceiro trimestre, anunciado nesta quinta, 06, pela Petrobrás, apontou um aumento de 23% do lucro líquido em relação ao segundo trimestre. No entanto, os trabalhadores, que produziram esse resultado, seguem sendo negligenciados em suas reivindicações, enquanto a diretoria da empresa libera mais R$ 12,16 bilhões para os acionistas. Somente este ano, já são R$ 32,6 bilhões de dividendos distribuídos, o que representa 34,5 % do lucro líquido obtido em 2025.
É inadmissível a gestão da Petrobrás defender na mesa de negociação uma política de austeridade fiscal, usando como desculpa a queda momentânea dos preços do barril do petróleo, enquanto segue pagando altíssimos dividendos aos acionistas. Os trabalhadores e as trabalhadoras exigem respeito e o que lhe é de direito: uma justa distribuição da riqueza gerada.
[Das Imprensas do NF e da FUP]





