O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense – Sindipetro-NF protocolou um ofício 312/2008 na sexta, 19/12, encaminhado ao Gerente Executivo de SMS, Ricardo Azevedo, tratando das condições de segurança e saúde ocupacional na Bacia de Campos.
Para o Sindipetro-NF:
1 ) Ao longo dos últimos anos, o sindicato tem procurado dar voz aos petroleiros (as) da região sobre segurança e saúde ocupacional. Este canal aberto com a categoria está sendo utilizado de forma crescente, pelos empregados próprios, terceiros e contratados do Sistema Petrobrás, individual e coletivamente.
2) Os boletins do sindicato, desde então, desmascaram o descompasso entre o discurso e a prática nas políticas de SMS na região. As denuncias são fundamentadas em fatos confirmados e que geralmente, não são registradas ou tem o registro realizado de forma branda, visando não comprometer os índices, nos quais baseiam suas estatísticas.
3) Algumas reivindicações do sindicato, depois de um longo período sem solução, acabaram reconhecidas somente quando o caos estava instalado, ou depois que os acidentes aconteceram. São exemplos e resgate aeromédico no Aeroporto de Macaé, a ampliação do terminal de passageiros no mesmo local e a construção de um novo aeroporto. Outras continuam sem solução, como, por exemplo: a necessidade de autonomia para Técnicos de Enfermagem e Técnicos de Segurança para atuarem sem a intervenção dos gerentes operacionais e a disponibilidade de cópias dos relatórios de investigação de acidentes.
4) Recentemente, ficou nítida a tentativa de afastar o sindicato de uma investigação, usando para isso um procedimento que não considera o potencial do acidente para avaliar sua gravidade. O acidente em questão foi um vazamento seguido de explosão e incêndio na PRA-1. A diferença entre este acidente para o de P-36 são somente duas: o local não era estrutural para a unidade e as pessoas não estavam lá momento da explosão. Mero acaso separou a Petrobras de mais uma tragédia.
Foram anexados ao ofício os três últimos boletins especiais do sindicato de 15 de março, onde estão listados exemplos das incoerências de cada ano entre as 15 diretrizes e a realidade do dia-a-dia.
Além do boletim que circulou no dia 18 de dezembro, Nascente Retrospectiva 2008, que foi eleito como o ano da irresponsabilidade social. Tantos foram os momentos em que este compromisso foi contrariado. Sua leitura vai proporcionar uma rápida idéia da situação que vivemos na Bacia de Campos. O quadro da página três relaciona as diretrizes, exemplos de descumprimento e seus reflexos na NBR16001, certificação recentemente recebida pela UN-BC.
O NF espera que este documento seja um alerta para a necessidade de mudanças importantes na forma de tratar saúde e segurança na Bacia de Campos.
