Imprensa da FUP
Ao final de mais uma rodada de negociação com a Petrobrás e subsidiárias, ocorrida no último dia 08, a FUP cobrou uma nova reunião para que a empresa avance no atendimento das principais reivindicações da categoria. A proposta apresentada pela Petrobrás foi refutada pela FUP na própria mesa de negociação, pois não apresenta avanços significativos em relação ao que já foi rejeitado pelos trabalhadores nas assembléias.
A Federação tem sido enfática ao cobrar avanços no processo de negociação. Os resultados da empresa, fruto do esforço coletivo dos trabalhadores, falam por sí só. A Petrobrás tem condições de garantir um acordo que valorize sua força de trabalho, contemplando os principais anseios da categoria.
A empresa, no entanto, apresentou no dia 08 uma proposta que troca seis por meia dúzia. Passou de 1,5% para 2,5% o reajuste da RMNR, mantendo 6,17% sobre a tabela salarial e aumentando para 8,82% o rejauste do auxílio almoço, da Gratificação de Campo Terrestre e do Grande Risco da AMS.
A Petrobrás também manteve o abono de 80% sobre a RMNR, descontando-se o adiantamento feito durante o acordo da PLR (40% da Remuneração Mínima ou R$ 1.500,00). A FUP deixou calro que o desconto proposto para o abono cria distorções graves na categoria, pois prejudica os trabalhadores que recebem salários abaixo de R$ 1.900,00.
A proposta da Petrobrás também traz impactos negativos para os aposentados e pensionistas em relação ao rejauste da tabela do Grande Risco da AMS. Além destas distorções, o ganho real proposto pela empresa está muito aquém do que é reivindicado pelos trabalhadores, assim como o reajuste do auxílio almoço, cujo índice cobrado pela categoria é o sub-item do ICV Alimentação Fora de Casa (12,87%).
Sem falar que a Petrobrás continua sem responder a proposta da FUP de adiantamento dos benefícios dos aposentados e pensionistas que repactuaram. A FUP está convocando uma reunião do Conselho Deliberativo para discutir na quinta-feira, 16, os próximos encaminhamentos da campanha.