A Petrobras tem reagido ao movimento grevista na Bacia de Campos com incoerência, arbitrariedade e irresponsabilidade. O sindicato listou como a Petrobras respondeu ao movimento na Bacia de Campos até agora:
– Entrou com um pedido de interdito probitório com a alegação que tem equipes de contingência para manter o controle nas plataformas. No entanto, tenta manter a bordo equipes de brigada, emergência e salvatagem entre os grevistas. Várias unidades denunciaram uma manobra dos Geplats para cancelar os vôos em que desembarcariam este pessoal.
– Escondeu o interdito proibitório da categoria para tentar passar a falsa idéia de que o documento impedia a greve. Somente quando o sindicato publicou o documento ele foi apresentado pelos gerentes.
– Cortou o acesso a internet em todas as plataformas, simulando um problema técnico, para impedir a comunicaçào dos grevistas com o sindicato pelo site e pela webrádio.
– Segundo denuncia de algumas plataformas ainda há grevistas a bordo das unidades em cárcere privado sem previsão de desembarque. O sindicato vai confirmar esta denuncia. E caso confirme, vai entrar com a petição preparada hoje para P-35. Não foi necessário formalizar a denuncia para a P-35, pois a Petrobras providenciou o desembarque para evita-la.
– Recebemos informação de que algumas plataforma estão sem Técnico de Segurança a bordo o que constitui-se irregularidade grave que, se confirmada, será denunciada à DRT.
– Fechou os portões do Aeroporto de Farol de São Tomé para os dirigentes sindicais e passageiros, somente garantia acesso ao saguão ao passageiro chamado nominalmente. Essa atitude de desrespeito com a organização sindical dos trabalhadores tenta calar a voz do diretor sindical no aeroporto.
– Expôs passageiros e tripulantes ao risco de acidentes operando os aeroportos de forma completamente fora do padrão. Os “fura-greve” entram por outro portão (segundo os grevistas o “portão da vergonha”) sem pesagem, identificação, recolhimento das bagagens sem pesagem e pouso e decolagem de aeronaves com intervalos muito curtos.
– Está controlando as plataformas com equipes de contigência com efetivo superreduzido e sem conhecimento do dia-a-dia da operaçào dos equipamentos. Dessa forma, expõe todos a bordo ao risco.
– Está realizando treinamento de pessoal de contratada para assumir os posto de brigadistas, sem nenhuma condição de garantir que tenham capacidade de enfrentar uma situação real de emergência.
– Quase provocou um acidente com vítima em P-37, colocando um Coordenador de Produção para realizar abastecimento, sem conhecer os riscos da atividade. Caso houvesse a ignição do alcool derramado sobre as vestes do Coprod e aquele vazado para o chão, poderia causar um sério acidente.
– Alguns gerentes agiram de forma autoritária e desrespeitosa com os grevistas, insinuando que eles estavam sendo expulsos das plataforma quando na verdade eles estavam exercendo um direito garantido pela lei de greve e pelo interdito proibitório.
Estas são só algumas denuncias entre várias que o sindicato recebeu nestes dois primeiros dias da greve.