A Federação Única dos Petroleiros (FUP), filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), vem a público repudiar veementemente o assassinato de mais de 400 dirigentes sindicais colombianos durante o governo do presidente Álvaro Uribe Vélez. Em solidariedade às famílias das vítimas e às organizações sindicais colombianas, os trabalhadores petroleiros brasileiros não medirão esforços em cobrar que o governo Lula e os parlamentares brasileiros intercedam para impedir a continuidade dessa matança e exigir a punição dos assassinos, todos ligados a grupos paramilitares da Colômbia.
O governo Uribe é financiado pelos Estados Unidos para reprimir a ação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – FARC – mas pouco ou nada faz para impedir a proliferação dos grupos paramilitares, que agem impunemente no país, assassinando e intimidando líderes sindicais. É urgente a investigação desses crimes – muitos deles encomendados por grupos multinacionais – e de todas as ameaças e mortes anunciadas pelos paramilitares. O governo de Álvaro Uribe deve apurar e punir com rigor a ação ilegal desses assassinos, desmantelando o aparato paramilitar criado e sustentado por grupos privados da Colômbia e por empresas multinacionais.
A Central Única dos Trabalhadores e a recém criada Confederação Sindical das Américas (CSA) realizarão no dia 08 de abril atos e protestos em todo o continente, denunciando a ação dos paramilitares colombianos que já assassinaram cerca de 2.500 lideres sindicais desde 1985, sendo que mais de 400 assassinatos ocorreram no governo Uribe. No próximo dia 08, fará um mês que o corpo do bancário Leonidas Gomes Rozo, trabalhador do City Bank, foi encontrado. Leonidas era dirigente sindical da União Nacional dos Empregados Bancários da Colômbia, que denunciou a organização paramilitar Aguilas Negras como responsável pelo assassinato.
Envolvimento das multinacionais com os grupos paramilitares
Várias empresas multinacionais são diretamente acusadas de envolvimento com grupos paramilitares na execução de dirigentes sindicais. Esse é um dos grandes motivos que faz com que até hoje o congresso norte-americano não tenha aprovado o TLC (Tratado de Livre Comércio) entre EUA e Colômbia, embora o tratado já tenha sido aprovado pelo congresso colombiano – amplamente controlado por Uribe.
Além dos assassinatos, as práticas anti-sindicais são constantes na Colômbia, assim como o desrespeito aos direitos elementares dos trabalhadores, garantidos pelas convenções da OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Luta continental em solidariedade aos colombianos
A Confederação Sindical das Américas – criada para organizar o movimento sindical nas Américas do Sul, Central e do Norte – está denunciando os crimes contra os trabalhadores colombianos em todos os países onde possui centrais sindicais filiadas. É inaceitável a situação a que são submetidos os trabalhadores e o movimento sindical na Colômbia, vítimas diárias das imposições das empresas nacionais e, especialmente, das multinacionais. A organização sindical colombiana está refém das organizações paramilitares, que agem de forma impune, assassinando freqüentemente dirigentes sindicais e seus familiares, como forma de intimidação à luta dos trabalhadores.
Como se manifestar
Manifeste sua solidariedade ao povo colombiano e seu repúdio aos assassinatos de dirigentes sindicais, escrevendo ao presidente da Colômbia: http://syscopre.presidencia.gov.co/publico/frmCiudadano.aspx
Através do portal da presidência: http://web.presidencia.gov.co
Através da Embaixada da Colômbia: [email protected]
A embaixada fica localizada à Av. das Nações Quadra 803 Lote 10 Caixa Postal 70.443 CEP 70.444.900- Brasília-DF Tel./Fax: (55-61) 3226.8997/ 3226.8902 / 3226.2547 / 3225.6995 Fax: 3224.4732