“Quando estamos muito perto de um fenômeno que é modificado lentamente, quase não percebemos essa ocorrência. É isso que está acontecendo com a categoria.
Estou me sentindo assim em relação à segurança na Bacia de Campos, que para mim piorou muito nos últimos anos” – comenta Normando
Do ponto de vista do assessor jurídico estamos voltando no tempo. “Práticas dos anos 90, que achávamos que estavam sendo combatidas, estão sendo relatadas pelos trabalhadores na tarde de hoje”- disse.
Normando alerta que os números de segurança da Petrobrás são de papel e é tanto assim que o mestre de cabotagem que morreu esse ano não entrou nesses números, porque fazia parte de uma cooperativa. A FUP e o Sindipetro-NF já bateram tanto nessa questão de contratação de cooperativas pela Companhia, que a empresa afirma atualmente que não existem nenhuma delas prestando serviços nas unidades da Petrobrás.
Apesar do enorme número de subnotificações e de trabalhadores mortos que não existem é necessário a tomada de medidas duras para mudar essa situação. Algumas medidas jurídicas podem ser tomadas, mas não substituem a luta da categoria.
Imprensa do NF – 04/10/2007 – 17h50
