Maior pólo de processamento de gás natural do Brasil, o Terminal de Cabiúnas (Tecab), operado pela Transpetro em Macaé (RJ), que se prepara para processar até 25 milhões de m³/dia de gás natural a partir de 2015 impõe aos seus trabalhadores uma dura realidade de péssimas condições de trabalho, segurança, higiene, saúde, transporte, alimentação, relação de respeito e ética incompatíveis com a ambiência dos funcionários.
A gerência se dispõe, por exemplo, a negligenciar a qualidade da alimentação, a apressar o tempo de troca de serviço, impactando na segurança da instalação, mostra desinteresse em cumprir a lei de transporte para os trabalhadores, enfim, total descomprometimento com a ambiência e com a relação trabalhador e empregador.
Os trabalhadores encontram-se desgastados e desmotivados de trabalhar em um dos maiores terminais do país pelo fato das constantes práticas de descaso, intolerância e assédio coletivo praticado pela gerência e coordenadores.
Constata-se que existe a política de segregação praticada pelos coordenadores e supervisores que influenciadas por práticas de gestão antiprofissional e antiéticas, chegando por exemplo a controlar frequencia dos funcionários que cursam faculdades com intuito de explicitar a segregação ou dificultar as relações com os mesmos.
O ambiente de trabalho encontra-se em condições deploráveis, com paredes sujas e climatização ineficaz e aos trabalhadores que contestam ou se dispõe a questionar essa política, encontram mais segregação e práticas gerencias antiéticas de coação.
Sempre soubemos através da mídia que a empresa se propõe a manter um padrão de ética corporativa, porém no terminal, passamos por dificuldades que não encontra classificação na própria diretriz da companhia. A realidade do terminal é extremamente oposta a realidade divulgada na mídia pela companhia
Atualmente, na maioria dos setores, foi adotada a prática gerencial de monitoramento com câmeras, cortes do uso de celulares pessoais, telefones fixos e internet, isso mesmo, internet, configurando um isolamento do empregado que não é verificado em outras unidades de terra do próprio sistema Petrobrás, tratando-se de um problema exclusivamente local.
Os petroleiros do Tecab também enfrentam dificuldades de higienização nos locais de trabalho dentro do tempo pretendido pela gerência, em razão da precária infraestrutura oferecida, o que gera impactos negativos na saúde e na segurança.
Enfim, o clima de insatisfação e indignação é enorme e o descaso e assédio dos gestores e coordenadores é proporcionalmente enorme. Aos supervisores, que ficam com a responsabilidade de executar essas práticas na força de trabalho, com esses, não existe relação profissional, a relação de trabalho tornou-se puramente antiética e imoral.
O Sindipetro-NF cobra a resolução imediata destes e de outros problemas que são recorrentemente denunciados pelo sindicato, e adverte que a categoria está no limite da sua indignação. A entidade está pronta para liderar os petroleiros do terminal em mobilizações eloquentes caso a empresa não passe a tratar de modo respeitoso os seus funcionários, garantido condições de trabalho dignas, seguras e saudáveis.
Macaé, 19 de Novembro de 2014
Diretoria Executiva do Sindipetro-NF
Atualização às 16:37 em razão de versão anterior ter sido publicada incompleta.