Terceirizados passam por tratamento desumano no Tecab

O Sindipetro-NF recebeu informações de petroleiros da base de Cabiúnas, da Transpetro, em Macaé, de que estão ocorrendo mudanças desumanas em relação a trabalhadores de empresas terceirizadas. Em uma, de segurança, o café da manhã foi cortado. Outra, de transporte, mantém os motoristas sob o sol do lado de fora da base.

No primeiro caso, dos vigilantes da empresa Juiz de Fora, o corte no lanche implicará na permanência do trabalhador com apenas uma refeição em um turno de 12 horas. Também foi retirado o adicional de “colete”, sob a justificativa de que os empregados já recebem o adicional de periculosidade.

“Imagina um trabalhador que venha a se alimentar ao meio dia e eventualmente não cumpra o horário de almoço por falta de gente. Ele só terá outra alimentação depois das 21h, em casa, considerando que durante a jornada de 12 horas só terá o almoço”, explica o diretor do NF Claudio Nunes, da base de Cabiúnas.

Na área de transportes, motoristas de empresas terceirizadas estão tendo que permanecer nos carros, do lado de fora do terminal, sob o sol e sem sala de descanso, aguardando serem chamados. Isso, para que a empresa não pague adicional de periculosidade, devido a quem está dentro das instalações industriais.

“Alem do tratamento desumano, que era o suficiente para mudar esta situação, isso aumenta consideravelmente o risco de acidente no trânsito, por causa da insalubridade. É uma humilhação o que estes trabalhadores sofrem”, protestou o sindicalista.

O Sindipetro-NF está acompanhando as denúncias e quer a reversão dessas mudanças. A entidade pautará estes temas em reunião com o DFA (Departamento Financeiro e Administrativo) da Transpetro.