Diretores do Sindipetro-NF participam nesta terça, em Brasília, do protesto convocado pela CUT contra a possível aprovação do Projeto de Lei 4330, que amplia a terceirização. De acordo com o relator do projeto, deputado Artur Maia (SD/BA), a proposta será votada amanhã, mesmo sem um acordo sobre o tema com as Centrais Sindicais. Os sindicalistas farão uma concentração em frente ao Congresso Nacional, a partir das 14h.
Na mais recente edição do boletim Nascente, o coordenador geral do Sindipetro-NF, Marcos Breda, manifestou a preocupação dos trabalhadores em relação aos perigos do projeto: “Não só os petroleiros da Petrobrás e das empresas contratadas serão impactados, como toda a classe trabalhadora, pois o que se pretende é liberar completamente a terceirização e, com isso, as empresas poderão passar a funcionar como verdadeiros birôs de exploração de mão de obra. As grandes empresas reduzirão drasticamente seus efetivos e a precarização das relações de trabalho vão aumentar também drasticamente”.
De acordo com o secretário-nacional de Finanças da CUT, Quintino Severo, “se o PL for votado como está, sem a proibição da terceirização na atividade-fim, a precarização nas relações de trabalho será indiscriminada no Brasil, prejudicando milhões de trabalhadores e trabalhadoras e abrindo caminho para que outros tantos sejam prejudicados”.
A secretária de Relações de Trabalho da CUT, Graça Costa, também adverte para adverte para os riscos do projeto da terceirização. Segundo ela, a Central vai brigar com todas as forças contra a aprovação do PL.
“Se o projeto fosse benéfico para a classe trabalhadora, se fosse uma proposta séria, já haveria acordo das representações classistas e o projeto já teria sido aprovado. Este não é um projeto qualquer. Ele muda toda a relação trabalhista e traz riscos sérios a toda classe trabalhadora, não só aos trabalhadores terceirizados. Não dá para empurrar o PL goela abaixo. Não há acordo por parte da CUT. Vamos usar todos os mecanismos internos da Casa, apresentar destaque, obstruir, o que pudermos fazer, para barrarmos este projeto”,afirma Graça Costa.
