Parte dos trabalhadores da plataforma P-65, na Bacia de Campos, estão submetidos a condições desumanas de acomodação na unidade. Os que utilizam os MTA (Módulo Temporário de Acomodação) contam com estruturas com problemas graves de conforto, segurança e higiene.
Os petroleiros atingidos pelas acomodações precárias são 24 empregados das empresas Skanska, Kafer e Odebrecht, que estão em seis módulos com capacidade para quatro trabalhadores cada.
O caso é de conhecimento da Petrobrás, que não tomou as providências devidas, e tem sido denunciado pelos trabalhadores. O assunto foi tratado na mais recente reunião de Cipa da unidade, que teve a participação do diretor do Sindipetro-NF, Alessandro Trindade.
Os MTAs acumulam, há pelo menos três anos, problemas como falta de limpeza, acesso ruim e em área industrial, ar condicionado e ventilação precários, emissão de gases do gerador à diesel atrás do módulo, mau cheiro no interior das acomodações em razão da precariedade do sistema de esgoto, dimensão abaixo do especificado, sensores de gás desligados e possibilidade de presença interna de gases da planta de processamento de petróleo.
“As acomodações necessitam de uma série de intervenções. Até o momento não foi dada a devida atenção pela gestão da unidade e os trabalhadores continuam a sofrer com as instalações inadequadas. Muitos não conseguem dormir em função do mau cheiro de detritos fecais e de urina”, denuncia o diretor sindical.
O Sindipetro-NF cobra da Petrobrás a solução imediata do problema e vai registrar relato sobre o caso nos órgãos fiscalizadores.