Greve pode começar a qualquer momento

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Primeira Mão 1195 – Prontos para o embate!

Além de continuar ignorando a pauta dos trabalhadores, os gestores da Petrobrás decidiram desafiar a categoria, anunciando um novo modelo de negociação, que tem o objetivo claro de enfraquecer a organização sindical. Esse ataque acontece em meio ao enfrentamento dos petroleiros ao Plano de Gestão e Negócios, cujo propósito é o desmonte do Sistema Petrobrás. A direção da empresa quer fazer o mesmo na campanha reivindicatória, segregando a negociação por subsidiárias e colocando na condução do processo uma comissão com três representantes das áreas de negócios.
A prioridade dos petroleiros é a Pauta pelo Brasil, que foi apresentada à Petrobrás no dia 07 de julho, onde a categoria exige a manutenção da estatal como empresa integrada de energia. É, portanto, provocação dos gestores quererem desmantelar o processo de negociação, como já estão fazendo com a Petrobrás, para tentar enfraquecer os trabalhadores.

A resposta é greve! Os petroleiros estão prontos para o embate, só aguardando o comando da FUP. A categoria não permitirá o desmonte do Sistema Petrobrás, nem qualquer tentativa de diferenciação entre os seus trabalhadores.

Pauta pelo Brasil

• Por uma política de SMS que garanta o direito à vida e rompa com o atual modelo de insegurança, que já matou 16 trabalhadores só este ano
• Pelo fortalecimento da Petrobrás como empresa integrada de energia, através da manutenção da BR Distribuidora e incorporação da Transpetro
• Para que as riquezas do pré-sal sejam exploradas pela Petrobrás, em benefício do povo brasileiro
• Contra a venda de ativos e pela conclusão das obras do Comperj, da Refinaria Abreu e Lima e da Fafen-MS
• Pela preservação da política de conteúdo nacional, com construção de navios e plataformas no Brasil

Gerentes mentem para a categoria!

Mais uma vez, os gerentes da Petrobrás usam a velha tática de tentar coagir e persuadir a categoria com mentiras, buscando esvaziar a greve. Em reuniões com os trabalhadores, eles alegam que a FUP não tem pauta de reivindicações, o que é uma mentira. Um dos principais pontos da pauta é a mudança na política de SMS. E esses mesmos gerentes que mentem são os principais culpados pela insegurança, que, só este ano, já matou 16 trabalhadores.
O fato é que as gerências estão bastante incomodadas com a luta da FUP para impedir o desmonte da Petrobrás e as milhares de demissões que o Plano de Gestão e Negócio já está gerando na companhia. E não poderia ser diferente. Muitos deles são amigos dos ex-diretores da empresa presos na Operação Lava Jato, dos quais eram subordinados. São os mesmos que construíram no passado metas de crescimento da Petrobrás que agora desprezam e se arvoram em desfazer, defendendo o encolhimento da empresa.
Sem falar que muitos gestores que hoje desdenham do PT há um tempo atrás se vangloriavam das promoções recebidas neste mesmo governo. Alguns, inclusive, construíram carreiras meteóricas, saindo de Gerente Setorial para Gerente Executivo, em um vôo sem escala.
São esses mesmos gerentes que agora fazem discursos moralistas e mentem para a categoria. Parecem chuchu, legume que tudo pega gosto, dependendo do ingrediente e da receita do cozinheiro. Da mesma forma que mentira tem perna curta, trabalhador sabe reconhecer de longe um chuchu, seja ele legume ou gerente.