De que lado estão os petroleiros na luta de classes que sangra o Brasil?

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Primeira Mão 1195 – O mês de setembro chega transbordando esperança e força para as organizações populares, num momento de acirramento da luta de classes, onde a direita e as elites colocam em xeque liberdades democráticas e conquistas políticas. Os setores populares e movimentos sociais articulam uma grande jornada de mobilizações para reagir a esses ataques e impedir que o país mergulhe em um terrível retrocesso.

Os petroleiros precisam se posicionar e assumir o lado dos trabalhadores nessa luta. As manifestações deste ano deixam claro que há dois projetos opostos de Brasil em disputa. Enquanto uns cobram mais direitos e mais liberdade, outros pedem a volta da ditadura e protestam contra as conquistas sociais que melhoraram as condições de vida do povo pobre.

Os trabalhadores estão nas ruas cobrando direitos, empregos, taxação das grandes fortunas e lutando contra o ajuste fiscal. A direita e a elite se manifestam a favor da terceirização, da desoneração da folha de pagamento e protestam contra o pagamento de impostos e os direitos conquistados pelos empregados domésticos.

Os estudantes estão nas ruas defendendo o pré-sal para a educação e a ampliação do ensino público. A direita e a elite querem a privatização do petróleo e da Petrobrás e o fim da política de cotas, que garantiu a entrada de negros, índios e pobres nas universidades públicas.

Os movimentos sociais estão nas ruas em defesa dos direitos humanos e da democracia. A direita é homofóbica, misógina e golpista. Quer reduzir a maioridade penal para encarcerar os jovens negros das periferias, prega a volta da ditadura e a derrubada da presidente. Na última manifestação que fez, alguns cartazes lamentavam o fato de Dilma Rousseff ter sobrevivido à tortura. Na semana passada, um advogado começou a defender a morte da presidente nas redes sociais.

Estamos, portanto, diante de uma acirrada luta de classes, onde os movimentos sociais estão sendo criminalizados, em meio a uma onda de ódio, incentivada pela mídia. Aconteceu da mesma forma em outros períodos da história e os resultados foram dramáticos para o país. Em 1954, o presidente Getúlio Vargas cometeu suicídio e em 1964, o presidente João Goulart foi deposto por um golpe que mergulhou o Brasil em 21 anos de ditadura militar.

De que lado você está nessa disputa? Junto com os sindicatos, os estudantes e as organizações populares, que sempre lutaram pela democracia e por justiça social, através de um projeto de desenvolvimento inclusivo, que garanta igualdade de oportunidade para todos os brasileiros? Ou ao lado das elites conservadoras e da direita, que jamais se conformaram com as mudanças que o Brasil viveu nos últimos anos e que de tudo fazem para retomar o modelo econômico liberal, construído às custas da exploração do trabalho e das desigualdades sociais?

A categoria conquistou na luta uma mesa integrada de negociação, com participação de todas as subsidiárias, o que garantiu igualdade de direitos entre os trabalhadores do Sistema. É inadmissível o fatiamento da empresa, seja através da venda de ativos ou da imposição de mesas de negociação desintegradas.