5 de outubro: Dia Nacional de Luta contra a exposição ao Benzeno

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Na data de hoje é comemorado o Dia Nacional de Luta contra a exposição ao Benzeno. A Federação Única dos Petroleiros elaborou um Boletim Especial que foi distribuído nas bases de terra do Sindipetro-NF para marcar a data e alertar os petroleiros para os riscos causados por esse agente químico e a negligência dos gestores da Petrobrás com a saúde dos trabalhadores.

Por que 05 de outubro?

Desde 2012, a CNPBz definiu 05 de outubro como dia nacional de luta contra a exposição ao agente químico. A data foi estabelecida em homenagem ao operador da RPBC, Roberto Krappa, que morreu neste mesmo dia, em 2004, vítima de leucemia mieloide aguda, em consequência da exposição ao benzeno. Krappa trabalhou durante 11 anos na refinaria sem saber que seu organismo estava sendo diariamente contaminado. A doença consumiu silenciosamente a sua saúde e, apenas 22 dias após ter sido diagnosticado, ele morreu. Sua história tornou-se símbolo da luta não só dos petroleiros, como de todos os trabalhadores que atuam em ambientes expostos ao benzeno.

 

A luta no Norte Fluminense

O Sindipetro-NF tem intensificado a sua atuação para as empresas do Setor Petróleo reconhecerem a exposição dos trabalhadores ao Benzeno. Diretores da entidade têm atuado nos fóruns que discutem o assunto, como as comissões estadual e nacional do Benzeno, e no Judiciário. A entidade defende a extinção da exposição, ou a redução ao mínimo possível e o consequente acesso ao direito à aposentadoria especial.

No plano estadual, o NF contribuiu para a retomada das reuniões da Comissão Estadual de Benzeno do Estado do Rio (CEBz-RJ), com a 
participação do diretor Claudio Nunes, inclusive cobrando os resultados das avaliações ambientais e corrente líquidas das bases operacionais da Petrobrás e Transpetro do Rio de Janeiro, como também de todas as plataformas da Bacia de Campos e da UO-Rio, incluindo todas as plataformas de empresas do setor privado. Infelizmente a nova coordenação da CEBz-RJ não acatou o encaminhamento.

“Tem ocorrido uma política de tratamento desigual e covarde com a saúde do trabalhador. Com apoio da bancada nacional dos trabalhadores da CNPBz, da bancada dos trabalhadores da CEBz-RJ, temos usado todos os meios para contornar esta situação”, denuncia Nunes.

No mês de setembro, na sede da Fundacentro, em São Paulo, aconteceu a reunião ordinária da Comissão Nacional Permanente do Benzeno. O diretor do Sindipetro-NF, Luiz Carlos Mendonça, que é membro da Comissão, participou da reunião e de um embarque na Bacia de Santos, na plataforma de Mexilhão, onde foi realizada uma reunião técnica no local.

No campo jurídico, o Sindipetro-NF possui um processo que data de 2013, onde busca comprovar a exposição dos trabalhadores aos hidrocarbonetos a bordo das plataformas e unidades produtivas da Petrobrás. O objetivo é garantir melhorias nas condições de trabalho e obrigar a empresa a proceder com os apontamentos corretos nas fichas previdenciárias dos trabalhadores. Em agosto, foi realizada uma perícia em P-40 determinada pelo juízo da 2ª Vara do Trabalho de Macaé (RJ).