Com nova gestão, EBC promete mais participação de movimentos

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Da Imprensa da CUT

O diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Américo Martins, esteve nesta quarta-feira (21) na CUT e no Instituto Barão de Itararé para participar de encontros que tiveram medição da secretária de Comunicação da Central e Coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Rosane Bertotti.

A reunião ocorreu no momento em que movimentos sociais de todo o país promovem a Semana Nacional pela Democratização da Comunicação com atividades como o debate “O Fortalecimento da Comunicação Pública”, que o FNDC organizou nesta quarta.

Durante a atividade do Fórum, Rosane ressaltou que a comunicação pública é um elemento chave para fazer o contraponto à mídia hegemônica e que fortalecer a EBC faz parte dessa luta. “A Empresa Brasileira de Comunicação cumpre um papel muito importante para a democracia do país”, disse a dirigente.

Nomeado há dois meses pela presidente Dilma Rousseff, Américo Martins acredita que é preciso aprimorar o papel de empresa pública de dar voz à pluralidade da sociedade brasileira. Para isso, destacou, o objetivo é estreitar laços com os movimentos sociais.

Na prática, ele ressaltou que temas como a digitalização das rádios e TVs, as parcerias nos estados para regionalização da comunicação, a aproximação com a sociedade e com os movimentos sociais são metas para a empresa, que teve de se reorganizar com 20% a menos no orçamento em 2016.

Martins também citou que quer revitalizar a Rádio Nacional, uma emissora com 90 anos de história e um importante instrumento para diálogo com toda a sociedade brasileira e que, desde sua chegada, preocupou-se em levar ao público temas com pouca relevância nos veículos da velha mídia. “Alguns programas foram inseridos à grade, como a transmissão de futebol da terceira, quarta divisão que ninguém transmitia”.

Trabalhadores da EBC também estiveram presentes no debate e colocaram suas preocupações, como a falta de comunicação interna nas mudanças na grade e com o conteúdo da emissora, que muitas vezes não cumpre o princípio de criar um censo crítico na sociedade.

Segundo Martins, o fundamental para a EBC é ter impacto e relevância. “A relevância é estar conectado com a sociedade e implantar o debate plural na sociedade e o impacto é você colocar os conteúdos nas redes sociais e todo mundo ver, que também é a audiência”, disse Américo.

EBC tem de estreitar relação com movimentos sociais

Já na sede da CUT, Rosane Bertotti defendeu que a empresa ocupe um espaço estratégico na consolidação da democracia e deve ser vista como prioridade para ampliar o acesso dos brasileiros à informação plural.

Martins e Rosane durante reunião na sede da CUT (Foto: Roberto Parizotti)Martins e Rosane durante reunião na sede da CUT (Foto: Roberto Parizotti)“Estreitar a relação do movimento social com a Empresa Brasileira de Comunicação faz parte da luta para fortalecer a comunicação pública e que tem na EBC um ator essencial. E o fato dessa visita acontecer na semana de luta pela democratização da comunicação demonstra que temos a visão comum sobre a necessidade de meios de comunicação mais representativos da nossa sociedade do que temos hoje”, definiu.

Martins também citou que o aprofundamento do diálogo deve se dar também na construção do modelo de comunicação e na produção de material. “Já fazemos isso bastante com internet, mídias digitais, mas precisamos abrir mais e um dos objetivos é que tenhamos mais conteúdo colaborativo.”

Espaço de participação

O Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), do qual Rosane Bertotti faz parte como representante da sociedade civil, foi instituído pela Lei nº 11.652/2008 (conversão da Medida Provisória 398/2007) e é o principal instrumento de participação da sociedade na gestão de empresas públicas de comunicação, diferenciando-os dos canais meramente estatais, controlados exclusivamente por governos ou poderes públicos.

A posse de seus primeiros membros, com base no determinado pela MP 398 e pelo Decreto 6.246/2007, deu-se em 14 de dezembro de 2007. Posteriormente, o Conselho (a exemplo de toda a EBC) foi regulamentado pelo Decreto 6.689/2008, que aprovou o Estatuto Social da Empresa.

O Conselho é o instrumento de participação da sociedade na gestão de empresas públicas de comunicação, diferenciando-os dos canais meramente estatais, controlados exclusivamente por governos ou poderes públicos.

O Conselho Curador da EBC (de todos os seus canais e não apenas da TV Brasil) é composto por 22 membros: 15 representantes da sociedade civil, quatro do Governo Federal (ministros da Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), um da Câmara dos Deputados, um do Senado Federal e um funcionário da Empresa.

Para garantir o rodízio dos integrantes, os conselheiros da EBC têm mandatos que variam de dois a quatro anos. O Edital para definir o próximo presidente ou presidenta da EBC já está aberto. Para mais informações clique aqui.

Semana Nacional da Democratização da Comunicação

Em todos os estados o FNDC organizou atividades e ações em defesa da democratização da comunicação. Para ter informações do seu estado entre no site do Fórum.