Não vai ter golpe!

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Da imprensa da FUP. Textos do boletim Primeira Mão

Todos ao ato terça (08), às 16h, no Edise!

A FUP e seus sindicatos convocam os petroleiros a somarem-se à grande manifestação que as centrais sindicais e os movimentos sociais realizam na terça-feira (08), em frente à sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro. “A nossa luta é contra a estagnação e a recessão. Não aceitamos essa crise política provocada por golpistas para manter a economia estagnada e deteriorar patrimônios do povo, como a Petrobrás e outras estatais, com objetivos privatistas, de interesse da direita e do capital internacional. Defendemos a estabilidade democrática, o fim do golpismo e as crises fabricadas. Queremos retomar o desenvolvimento econômico, acelerar e ampliar políticas sociais em benefício da população trabalhadora”, destaca a CUT, na convocatória do ato.
A manifestação do dia 08 acontece em um momento de extrema gravidade política, onde a direita, desde as eleições do ano passado, vem paralisando o país, na tentativa de derrubar um governo legitimamente eleito pelo povo. O processo de impeachment instaurado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é mais uma manobra golpista para sangrar a nação (veja matéria na página 03).
Por isso, o ato de terça-feira terá como principais eixos a defesa da democracia e contra o golpe; a retomada do desenvolvimento nacional; o fimdo ajuste fiscal e da política econômica recessiva; o combate à corrupção, com punição de todos que comprovadamente cometeram crimes de desvio de recursos públicos, inclusive Eduardo Cunha e tucanos.

“Vamos para a rua para impedir o impeachment. Mais do que isso, para impedir o retrocesso”, avisa o presidente da CUT, Vagner Freitas. “Há uma crise política construída por aqueles que perderam a eleição e que não pode continuar paralisando a economia”, alerta o sindicalista, ressaltando a importância da pressão popular para defender a democracia e garantir mudanças na política econômica.

Vai ter luta:

São Paulo
07/12 – Plenária das centrais sindicais e movimentos sociais

Salvador
07/12 – ato em defesa da democracia

Rio de Janeiro
08/12 –ato em defesa da democracia – concentração às 15h, em frente à Igreja da Candelária, caminhada até a sede da Petrobrás (16h) e ato político na Cinelândia (17h)

Belém
09/12 – ato em defesa da democracia

Porto Alegre
11/12 – ato em defesa da democracia

 

PSDB termina o ano como começou: reprimindo estudantes e professores.

O governo de São Paulo, comandado pelo tucano Geraldo Alckmin, vem protagonizando uma campanha escandalosa de criminalização e repressão dos estudantes que lutam contra o fechamento de escolas e a transferência compulsória. Uma verdadeira operação de guerra foi montada para retirar à força os adolescentes que, em protesto contra as medidas do governo, ocupam desde o início de novembro 208 escolas da capital e do interior de São Paulo.
Avesso a diálogo ou qualquer tipo de negociação, Alckmin colocou em prática o modus operandi do PSDB, reprimindo violentamente os estudantes, com espancamentos, bombas de gás lacrimogêneo e prisões de adolescentes. Repetiu a mesma truculência de seu colega de partido, Beto Richa, o governador do Paraná que em abril chocou o país ao espancar os professores e profissionais de educação que lutavam contra o corte de direitos.
A reestruturação que o governo Alckmin tenta impor ao ensino estadual, batizada sutilmente de “reorganização educacional”, tem sido alvo de protestos dos estudantes, que denunciam o fechamento de pelo menos 93 escolas e os impactos da transferência imposta a 311 mil alunos. Na sexta-feira (04), um mês após ter sido iniciado o movimento de ocupação, o governador recuou e adiou para 2016 a reestruturação. Para os estudantes, essa é mais uma manobra, de Alckmin para satisfazer a opinião pública. A ocupação continua até que a reestruturação das escolas seja revogada.

FUP discute com a Petrobrás GT da Pauta pelo Brasil, dias de greve e outras demandas

Em reunião realizada sexta-feira (04) com a Petrobrás, a FUP tratou de diversas demandas da categoria:

Dias de greve – ficou agendada uma reunião no início de janeiro para discutir o procedimento que será dado pela empresa. Foi cobrado do RH que reforce a orientação para que as unidades não proponham qualquer tipo de compensação ou pagamento até fechamento das tratativas com a FUP. Os trabalhadores, portanto, não devem assinar qualquer documento relativo aos dias parados.

GT paritário – a FUP propôs uma reunião dia 10 de dezembro para discutir a formação e implementação do grupo que tratará da Pauta pelo Brasil. A empresa ficou de confirmar.

Adiantamento da PLR – após cobrança da FUP do cumprimento do Acordo da PLR, o RH informou que está sendo concluído o fechamento das metas e indicadores correspondentes aos três primeiros trimestres para apresentar à entidade.

Benefício Farmácia – a Petrobrás anunciou que assinou no dia 02 contrato com a Funcional Card, que passará a operar o benefício a partir de 04 de janeiro. A FUP cobrou que o programa seja mantido nos mesmos moldes em que funcionava, antes de ser suspenso pela empresa. Também foi cobrada uma reunião com a Petrobrás e a nova operadora para discutir o funcionamento do benefício e o pagamento dos reembolsos acumulados nos últimos meses pelos trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas.

Dobradinha – foi cobrado uma posição sobre as mudanças no pagamento das horas extras a partir do feriado de 07 de setembro, que foram pagas abaixo do que era praticado pela empresa. No próximo dia 09, haverá uma reunião específica para tratar dessa demanda.

Bi-tributação do INSS – a FUP cobrou que não haja desconto do INSS no pagamento das diferenças remuneratórias referentes à quitação do ACT para os trabalhadores que já contribuem no teto e para o Plano Petros-1. A empresa irá verificar e corrigir os casos em que houver bi-tributação.

Até quando Cunha agirá impunemente?

Impeachment escandaliza o país.

Sob o comando do presidente Eduardo Cunha, a ala conservadora que domina a Câmara dos Deputados vem impondo ao povo brasileiro uma série de retrocessos e agora legitima um golpe que coloca em risco o Estado Democrático de Direito. O parlamentar aceitou no último dia 02 a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, apesar de não haver qualquer sustentação legal para essa ação.
Investigado por lavagem de dinheiro e detentor de contas ilegais na Suíça irrigadas por propinas, Cunha mais uma vez agiu como um gangster, utilizando de chantagens e coação para tentar se livrar de uma iminente cassação. Acatou ao pedido de impeachment puramente por vingança, em retaliação ao posicionamento do PT, que votou pela continuidade de seu processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara. Seu propósito é tentar desviar o foco de seus crimes e selar o apoio da mídia, do PSDB, do DEM e dos demais partidos de oposição que agem para derrubar o governo.
Mas, ao contrário de Eduardo Cunha, não há qualquer ato ilícito que ponha sob suspeita a presidente da República. O povo brasileiro está, portanto, diante de uma tentativa escancarada de golpe e os setores progressistas do país já se levantaram contra esse ataque absurdo à democracia. As centrais sindicais, os movimentos sociais, as organizações populares, governadores, partidos políticos, igrejas católica e evangélicas e diversas outras entidades da sociedade civil já se posicionaram contra o golpe.
Em nota pública, a FUP se posicionou contra o impeachment e reafirmou o compromisso dos petroleiros com a defesa da democracia. “Continuaremos brigando para que o Brasil vença a crise com propostas que coloquem o país novamente no rumo do desenvolvimento e que rompam com o atual modelo econômico recessivo. A retomada dos investimentos da Petrobrás é fundamental para isso e a greve dos petroleiros apontou que o único caminho para impedir o retrocesso é a luta’’, enfatizou a Federação.

CUT
“A sociedade brasileira, que lutou contra a ditadura militar não vai aceitar passivamente esta tentativa declarada de golpe de Estado. […] Conclamamos os movimentos sociais e populares, as centrais sindicais e o Congresso Nacional, a superar as divergências políticas e se unir em torno de uma agenda em prol do Brasil”.

MST
“Eduardo Cunha é reflexo da aliança explícita entre a mídia empresarial, liderada pela Rede Globo, seguida por partidos políticos de direita. […] Salientamos a necessidade de o Governo Dilma assumir a pauta que a elegeu em 2014 e fazer um mandato que defenda a classe trabalhadora. Porém, não aceitamos nenhum tipo de golpe e vamos defender o mandato da presidenta legitimado pelas urnas”.

CMP
“Para além da vergonhosa atitude revanchista de um deputado manchado pela lama da corrupção e da impunidade, estão os verdadeiros interesses da apresentação do pedido. Interesses econômicos […] interesses ideológicos ultraconservadores, patrocinados por aqueles que não aceitam as conquistas sociais registradas nos últimos anos […] seremos intransigentes na defesa da democracia”.

UNE
“Cunha diz atender às ruas, mas nas ruas estamos lutando por direitos […] A aceitação do impeachment é imoral, sua admissibilidade é fruto de uma chantagem política e não terá apoio dos estudantes. Impeachment sem base legal é golpe, isso se parece mais com 1964 do que 1992”.

MTST
“As forças políticas que apoiam o impeachment são as mesmas que idolatram figuras como Cunha e Bolsonaro e pedem a volta da ditadura militar. Neste cenário, o impeachment significaria o fortalecimento da ofensiva conservadora e do caldo de intolerância que tem marcado a atuação destes setores”.

CNBB
“Que autoridade moral fundamenta uma decisão capaz de agravar a situação nacional com consequências imprevisíveis para a vida do povo? […] É preciso caminhar no sentido da união nacional, sem quaisquer partidarismos, a fim de que possamos construir um desenvolvimento justo e sustentável”.

CONIC
“O Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil une-se às demais organizações da sociedade civil e reafirma o compromisso e engajamento em favor do respeito às regras da democracia”.

“Compromisso pelo Desenvolvimento”

Centrais sindicais e empresários lançam propostas para destravar a economia.

A CUT, a CTB e outras quatro centrais sindicais brasileiras (Força Sindical, UGT, NCST e CSB) laçaram no último dia 03 uma plataforma de medidas para destravar a economia do país, com foco na retomada do emprego e do desenvolvimento. As propostas, elencadas no documento “Compromisso pelo Desenvolvimento”, foram discutidas e elaboradas em conjunto pelas seis centrais sindicais, entidades empresariais e especialistas ligados ao Dieese e a outras entidades.
“Recuperar a confiança e superar os atuais entraves aos investimentos em infraestrutura, destravar a capacidade do Estado para exercer suas funções, incrementar a produtividade, gerar empregos de qualidade, aumentar a renda média, garantir educação de qualidade, fortalecer a democracia e suas instituições, ajustar e redirecionar a política econômica e o regime fiscal para o crescimento são alguns dos desafios estruturais do nosso desenvolvimento. O combate ininterrupto à pobreza, à desigualdade, à corrupção e à ineficiência deve ser institucionalmente fortalecido”, destaca o documento.
A retomada e ampliaçãodos investimentos no setor de energia são algumas das cobranças das centrais e dos empresários para destravar a economia brasileira,principalmente a reativação dos projetos da Petrobrás que foram interrompidos ou sofreram redução de investimentos. A Pauta pelo Brasil dialoga diretamente com essa iniciativa, que será mais uma importante frente de luta nos enfrentamentos que a FUP e seus sindicatos vêm fazendo para que a estatal volte a ser a indutora do desenvolvimento nacional.
“A nossa agenda não é crise, Operação Lava Jato, impeachment, é como voltar a crescer. As conquistas sociais e econômicas não podem se perder por causa de uma crise potencializada pela situação política”, afirmou o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, destacando que a central defende investigações, apurações e punições para as pessoas físicas que cometeram crimes. “Isso, no entanto, não pode impedir as empresas de firmar contratos e atuar em projetos, o que tem paralisado a economia”, argumentou.