Nascente 926
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Editorial
Morte anunciada
Mais uma morte na Petrobrás. Até quando a categoria petroleira vai ter que enterrar seus mortos, vítimas de uma gestão de SMS falida da Companhia? Essa semana os petroleiros ficaram chocados com a morte trágica de um trabalhador que caiu num tanque a 75º C. O sindicato local denunciou que os gestores da Reduc sabiam que o teto do reservatório estava comprometido desde 2013 e não fizeram nada. Isso é crime!
A assessoria jurídica do Sindipetro-NF em seu artigo na página 4 deixa claro que se era de conhecimento dos prepostos da empresa a corrosão e não foi providenciada a manutenção trata-se de homicídio doloso. Em todas as áreas da Petrobrás seja em plataformas, refinarias e terminais a maior parte dos acidentes está ligada à problemas na manutenção de equipamentos e o adiamento da tomada de medidas de segurança em prol de se manter as plantas produzindo. Se os gestores não tomaram as devidas providências para resolver os problemas nas áreas, eles tem que responder criminalmente pelos seus atos. Quando gerentes começarem a ser punidos, vão parar para pensar duas vezes antes de tomar uma decisão em benefício da segurança dos seres humanos, ao invés de pensar só em produção.
Nossos mortos não são apenas nomes em uma lista, são vidas que precisam ser respeitadas por essas gestão. São pessoas que durante sua vida laboral dedicaram seu tempo a uma empresa, acreditando que estariam seguros em seu local de trabalho.
É preciso dar uma basta nessa sucessão de erros de gestão. Não adianta mudar os gerentes de lugar e tapar o sol com a peneira. Não podemos aceitar calados mais uma vida ceifada, mais uma família marcada pela dor. Precisamos nos indignar com isso, mostrar que não admitimos mais assassinatos em nossa categoria. O movimento sindical petroleiro quer a punição criminal de todos os envolvidos!
Espaço aberto
RMNR para gestores
*Texto apócrifo
Por incrível que pareça algo inédito acontece aqui no terminal de Cabiúnas (UTGCAB), GESTORES da companhia mostram os dois lados de sua moeda. Que a visão é somente para o individual, diferente dos trabalhadores que se mostram prontos para defender o sistema Petrobrás.
Em dias de greve, fazem questão de entrar para trabalhar e ganhar horas extras, ferindo assim os princípios éticos do sindicato e da luta da categoria. Agora, as vésperas da execução da ação da RMNR, os gestores e cargos comissionados, incluindo engenheiros, estão levando seus contracheques para também receber o resultado conquistado pelo jurídico do sindicato e da categoria.
Agora fica a pergunta: será que o atual presidente da companhia não está vendo isso? Conforme já é de conhecimento, a empresa pretende extinguir cargos de confiança que não estejam de acordo com o programa de integridade e responsabilidade da governança corporativa que será condição primária para qualquer um deles ser aprovado.
Ou novamente esta caracterizado que existe uma fábrica de horas extras entre os gestores da unidade. Onde possuem uma politica de deixar os trabalhadores chão de fabrica tensionados, utilizando uma politica de assédio e sabotagem no dia-a-dia dos trabalhadores, atingindo não somente o bolso mais também a moral.
Mesmo com o discursos que a empresa está falida, que está quebrada, os gestores com a cara mais lavada, vem nos horários que tem pouca procura, e descem até os postos avançados para entrega dos documentos para dar entrada na execução.
Querem lucrar nos dois lados. Gestão hipocrita.
A conclusão que chegamos é que estes gestores não são confiáveis com a empresa e só pensam em si mesmos e nos seus próprios bolsos.
** Texto encaminhado por trabalhador da UTGCAB, que solicitou não divulgação de sua autoria.
NÃO FOI ACIDENTE, FOI ASSASSINATO!
Teto de reservatório cedeu e técnico de operação da Reduc caiu dentro de um tanque, cuja temperatura era de 75º C. Gestão da empresa tinha conhecimento há três anos do problema no teto do reservatório e não fez nada. FUP e Sindipetro Caxias realizaram ato na porta da refinaria ontem.
Foi localizado no final da tarde de terça, 2, o corpo do técnico de operação da Reduc que estava desaparecido desde a noite do dia 31 de janeiro. Conforme havia apurado o Sindipetro Duque de Caxias, ele caiu dentro de um tanque, cuja temperatura era de 75º C. O teto do reservatório cedeu, quando o operador subiu para aferir o nível de armazenamento. Segundo o sindicato, os gestores da Reduc sabiam que a estrutura estava bastante comprometida por causa da corrosão e nada fizeram para garantir a segurança dos trabalhadores.
O tanque foi esvaziado em busca do corpo do empregado e diretores do Sindipetro Caxias acompanharam todos os trabalhos. Na manhã de terça, 2, o representante dos trabalhadores no CA da Petrobrás, Deyvid Bacelar, que também é presidente da Comissão de SMS da empresa, esteve na REDUC para verificar in loco as condições do acidente. A unidade estava com o teto quebrado. Vários relatos confirmaram as denúncias do sindicato sobre as condições precárias de segurança dos tanques, que, além do processo acentuado de corrosão, não têm iluminação adequada, pontilhão (passarela para acesso), corrimão e guarda corpo.
O conselheiro solicitou à Reduc os relatórios da inspeção de equipamentos com recomendações para o tanque onde o operador caiu, bem como notas de manutenção que possivelmente tenham sido abertas, relatórios de inspeção de segurança do SMS, atas da CIPA, autos de infração do MTE, entre outras informações referente ao tanque e demais reservatórios. Deyvid também cobrou da Gerência Executiva do Refino e do SMS Corporativo que seja proibido o acesso ao teto dos tanques da Reduc até que as estruturas metálicas sejam vistoriadas e as causas do acidente, identificadas.
O Sindipetro Caxias encaminhou ofício à Polícia Civil solicitando a presença das autoridades policiais na refinaria para acompanhar as buscas e iniciar as investigações sobre a causa do acidente. “ O que aconteceu na Reduc foi muito mais do que um acidente grave de trabalho. Foi um crime. O Artigo 132 do Código Penal é claro: “expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente” é crime!” – afirmou a diretoria do Sindipetro Caxias em nota.
Além disso, foi protocolado pedido na Superintendência Regional do Trabalho para que seja suspenso qualquer trabalho em cima dos tanques, até que uma auditoria do MTE certifique a segurança do local e que a estrutura metálica de todos os tanques da REDUC seja vistoriada.
No ofício, o Sindipetro Caxias também propõe mudanças nas normas de segurança para esse tipo de trabalho, como a obrigatoriedade de cinto, trabalho em dupla, apoio do SMS e aumento do número mínimo de operadores.
No ano de 2015, ocorreram 18 mortes em todo sistema Petrobrás. Segundo a diretoria do Sindipetro Caxias, essa não é a primeira vez que a falta de manutenção nos tanques e o pequeno efetivo da operação coloca em risco a vida dos trabalhadores na Reduc. Em 2014, o MTE interditou alguns desses tanques devido ao nível acentuado de corrosão na escada de acesso e no teto.
A direção da FUP e o Sindipetro Caxias realizaram ontem, 3, pela manhã, um ato por condições seguras de trabalho em frente à Reduc, com a presença de vários sindicalistas, incluindo o Coordenador do Sindipetro-NF, Marcos Breda.
Cipa das plataformas
Novo processo eleitoral, participe!
Após entendimentos entre o Sindipetro-NF e a UO-BC, o sindicato orienta que a categoria petroleira participe do novo processo eleitoral para as Cipas nas plataformas. Em reunião da Comissão Eleitoral no dia 27 ficou deliberado que o novo processo eleitoral seguirá os mesmos prazos do anterior. As inscrições tiveram início segunda, 1 de fevereiro. Todas as candidaturas serão mantidas e os atuais cipistas terão mandato postergado até a posse dos novos cipistas. Foi incluído nesse processo a P-65.
A partir da mesa de entendimento provocada pelo NF na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Ministério do Trabalho – SRTE, realizada dia 26, foi firmado um acordo entre a Federação Única dos Petroleiros, sindicato e Petrobrás. Nele ficou definido que o processo anterior de eleições de Cipas seria suspenso e que todos os 110 trabalhadores movimentados voltariam às suas plataformas de origem. As transferências estão suspensas temporariamente até o fim do novo processo da eleição.
O Sindipetro-NF orienta que os trabalhadores se candidatem.
UO-Rio
Para os trabalhadores da UO-Rio , o sindicato orienta que votem normalmente nas eleições de Cipa, que não passaram pelo mesmo problema da UO-BC.
CA da Petrobras
Deyvid disputará segundo turno
Na segunda, 1 saiu o resultado da votação do primeiro turno da eleição para a representação dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobrás. Os candidatos apoiados pela FUP, Deyvid Bacelar e, Arthur Ragusa (Suplência), tiveram 4.415 votos no 1º turno e disputarão a segunda etapa do pleito com a candidata Betânia Rodrigues Coutinho, que teve 3.952 dos votos.
O segundo e decisivo turno para reeleger o representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobrás, que é a maior instância de decisão da empresa, será entre os dias 20 e 28 de fevereiro.
A FUP e seus sindicatos continuam apoiando e indicando o voto no atual conselheiro, Deyvid Bacelar, jovem liderança sindical, comprometido com a pauta da categoria, prin-cipalmente no que diz respeito às condições de trabalho e na defesa da Petrobrás enquanto empresa pública e principal indutora no desenvolvimento nacional.
Deyvid é coordenador do Sindipetro-BA e atual representante da categoria no C.A da Petrobrás.
C.A da Transpetro
A votação para a re-presentação dos trabalhadores no C.A da Transpetro terminou neste domingo. O candidato apoiado pela FUP e seus sindicatos, Paulo Cardoso, do Terminal Campos Elíseos, em Duque de Caxias, conquistou 600 votos e ficou em segundo lugar no pleito, vencido pelo atual conselheiro. O Sindicato agradece a todos que votaram nos candidatos.
RMNR Transpetro: Mudanças nos horários
Objetivo é atender melhor os trabalhadores da Transpetro
Desde segunda, 01, o sindicato itinerante (van) está em Cabiúnas para recolher os documentos da RMNR passaram a ter um novo horário de atendimento: das 13h às 14h, na portaria principal e das 15h às 16h, na portaria secundária. De 8 a 12 de fevereiro não haverá recolhimento de documentos.
Lembrando que a van ficará no local até o dia 11 de março, exceto finais de semana e feriados e que é necessário levar os documentos ao lado.
No processo será necessário um contador que realizará os cálculos de cada sindicalizado. O pagamento desses honorários será pago pelo sindicalizado, os valores serão divulgados posteriormente.
Mova Brasil
Mais uma turma do Mova Brasil se forma em Campos
A sede do Sindipetro-NF em Campos dos Goytacazes foi palco ontem, 3, de mais uma cerimônia de formatura do Projeto Mova Brasil, Núcleo Sol Nascente, que finaliza sua sétima etapa. O núcleo tem 13 turmas, mas a festa foi realizada para nove turmas, totalizando cem pessoas, dos municípios de Campos e Saquarema. Já que quatro turmas, que são de municípios separados farão outra festividade. A festa foi seguida de um almoço dançante com DJ Fábio Naruto e participação da cantora Cris Raquel.
Inspirado no Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA), criado pelo educador Paulo Freire, o projeto MOVA-Brasil é desenvolvido pelo Instituto Paulo Freire (IPF) em parceria com a Petrobras e a Federação Única dos Petroleiros (FUP).
O MOVA-Brasil tem como finalidade promover a cidadania plena e adignidade humana por meio de um curso de alfabetização que melhore as condições de participação cidadã, de trabalho e geração de renda.
Normando
MORTE NA REDUC
Como em todas as demais mortes na indústria do petróleo, o roteiro do recente e absurdo óbito na Reduc já estava traçado de há muito. Segundo os relatos do sinistro, houve ruptura em parte do teto do tanque, no momento da medição, determinando a queda do trabalhador. Se tal é fato, são muito prováveis a corrosão a ponto de comprometer a estrutura.
E, se houve corrosão a tal ponto, houve ação deliberada na ausência de manutenção do tanque. Logo, desfiando-se o novelo, deve ser investigada a possibilidade de um homicídio não meramente culposo, que são os que ocorrem por resultado de imperícia, imprudência, ou negligência.
Se era de conhecimento dos prepostos da empresa a corrosão, e ainda assim não providenciaram a devida manutenção – independentemente de normas técnicas, ou de períodos previstos – deve-se verificar a ocorrência de homicídio doloso: a deliberada postergação das medidas de segurança necessárias significa assumir o risco de um eventual assassinato.
CULTURA ASSASSINA
Ao prever a redução dos riscos do trabalho, em seu Art. 7º, XXII, a Constituição pressupõe que de cada acidente, ou incidente de vulto, se tirem lições. E os responsáveis por atos que concorreram para o evento devem ser punidos. É necessária a mesma estratégia dupla do combate à corrupção: estudar o ocorrido para mudar práticas, e punir exemplarmente.
Porém, exatamente como ocorre quando da descoberta de casos de corrupção, e Petrobrás se esforça, em 1º lugar, por ocultar a verdade. E os verdadeiros responsáveis nunca são punidos. Podem ser indiciados, presos, execrados em jornais. Punidos administrativamente, pela empresa, nunca! Só bagrinhos nessa rede. Culpados ou não. Nunca peixões.
Predomina, quanto a acidentes e corrupção, a mesmíssima lógica: proteger os “amigos” gerentes, ou “dos” gerentes, e ocultar a verdade. Exemplo breve, as versões originais dos relatórios de comissões internas, sejam de corrupção ou de acidentes, são modificados e ocultos, de modo a proteger indivíduos, sob uma suposta alegação de proteger a empresa.
CIDADE DE SÃO MATHEUS
O que se protege com tal prática é uma cultura organizacional corrupta e assassina. Exagero? Semana que vem o acidente do FPSO “Cidade de São Matheus”, com 9 mortos, completará 1 ano.
Qual prática a Petrobrás modificou, em razão do acidente?
É responsabilidade legal da Petrobrás o cumprimento de normas de segurança, tarefa essa de empregados da companhia. Algum foi punido?
Curtas
Haliburton
O Sindipetro-NF convoca os trabalhadores da Halliburton a participar de uma assembleia hoje, 4, pela manhã na porta da empresa. A assembleia anterior estava agendada para o dia 26 de janeiro, mas foi cancelada, porque a direção da empresa não enviou ao sindicato o teor completo de sua proposta de ACT em tempo hábil.
P-19
Os trabalhadores de P-19 encaminharam um manifesto para o Sindipetro-NF com assinatura de 32 petroleiros, que falam sobre os desafios do mercado internacional de Petróleo. Nele, assumem a responsabilidade de buscar junto a companhia soluções para os desafios que estão postos.
Leia em bit.ly/1Ph0uc7