Nascente 930

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 Nascente 930

 

 

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Editorial

É preciso ter lado

Os trabalhadores organizados, os cidadãos progressistas, todos aqueles afinados com ideiais de transformação social neste País precisarão colocar diferenças de lado, compreender a gravidade do momento político e perceberem que, em determinadas circunstâncias, um ataque a um líder político não se restringe à sua figura ou ao seu partido.
Não se pode perder a perspectiva histórica que faz do ex-presidente Lula uma das maiores lideranças populares do Brasil em todos os tempos. É um patrimônio maior do que ele próprio e do que o PT. Uma referência para todos os lutadores do povo.
Isso, de modo algum, elimina a sua condição humana e seus eventuais — ainda não comprovados — erros. Mas igualmente não elimina seus gigantescos acertos.
A hipocrisia conveniente dos que o acusam, a seletividade das investigações e da cobertura da imprensa, a descarada simulação de um ambiente de insegurança institucional para atrair soluções mágicas e autoritárias, tudo isso se mistura em um cenário que requer lucidez e coesão das forças de esquerda.
Discutamos as nossas diferenças entre nós, nos nossos fóruns, nos ambientes democráticos que caracterizam as nossas lutas, mas tenhamos a grandeza de manter pontos de contato, diálogo permanente, e não servirmos de agentes involuntários da direita.
Está em curso mais um golpe de estado neste País. Todas as evidências estão disponíveis. A tradição autoritária brasileira não permite negligenciar a iminência da concretização de uma trama que não descarta, até mesmo, a incitação a uma guerra campal que “justifique” a derrubada do governo por tropas do exército — o que seria uma opção mais grosseira, mas, naturalmente, não inédita —, ou a combinação do impeachment da presidenta Dilma com a desmoralização midiática do ex-presidente Lula, para que um “salvador da pátria” da direita se viabilize eleitoralmente em 2018.
Vamos seguir em frente com um projeto de País mais justo e igualitário, no qual uma empresa como a Petrobrás seja indutora de desenvolvimento social e da geração de empregos para os brasileiros. Não é hora de vacilar. É preciso ter lado.

Espaço aberto

Petrobrás: aluga-se ou vende-se?

Texto Apócrifo*

Ao que parece todos estão alegremente cantando com algumas atualizações a música aluga-se de Raul Seixas.
Estamos deixando tudo pronto aqui é só vir pegar!
E “Os estrangeiros, eu sei que eles vão gostar”
Tem o Pré Sal, descoberto no mar
Tá na hora agora é “Serra” Free,
Com 131 vamo embora.
Dar lugar pros gringo entrar!
Esta Petrobrás está à venda a aha a aha!
E de que modo estamos fazendo isso? Deixando tudo tranquilo e favorável, pois de que adianta realizar uma greve de 20 dias e após a mesma não demonstrarmos a nossa vontade na hora de eleger um representante dos empregados?
Independente de uma ou outra chapa ter ganho, a sua representatividade perante o CA é pequena. O que leva os demais membros da diretoria e do CA a analisarem esta eleição da seguinte maneira:
Dos 56.586 empregados que temos, só 22.518 se importam em participar dos rumos da empresa, os 34.068 restantes são ovelhas que não se importam com o jeito que tocamos o rebanho. Desses 13.034 estão conosco, pois votaram em pessoas com o perfil do senhor mercado. E ainda temos 290 em cima do muro.
E para as 9.194 ovelhas negras restantes, ao contrário do que diz a música do Raul…
Eles vão Pagar por Tudo!
Eles vão Pagar por Tudo!
Os estrangeiros, eu sei que eles vão gostar
Tem, no Atlântico, mais uns afretados pra sacanear
A Amazônia azul é o jardim do quintal
E pros embarcados que comam mingau!

* Enviado por petroleiro identificado para o Sindipetro-NF para publicação de modo apócrifo, conforme política descrita abaixo.

Capa

VIOLÊNCIA POLICIAL EM ATO PETROLEIRO

Gestão da Petrobrás chama polícia, que agride Deyvid Bacelar

A violência da Polícia Militar do Rio de Janeiro contra os movimentos sociais e sindicais teve mais um capítulo nesta terça-feira, 08. Petroleiros foram covardemente agredidos pela PM, convocada pela Petrobrás, numa tentativa de criminalização de um ato pacífico, organizado pela FUP, sindicatos filiados, FNP e pelo Sindipetro RJ, contra a entrega dos campos de produção terrestre.
O ato acontecia pacificamente, em frente ao escritório da diretoria da Petrobrás, no Edifício Senado, no Centro da capital carioca, quando a Polícia chegou ao local causando tumulto e agredindo os sindicalistas, que denunciavam a privatização do Sistema Petrobrás.
O representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da empresa, Deyvid Bacelar, sofreu agressões físicas e só não foi levado preso devido à intervenção dos dirigentes sindicais e do coordenador da FUP, José Maria Rangel, que exigiram respeito com o conselheiro da empresa, ressaltando que “ali não tinha bandidos, só trabalhadores da Petrobrás”.
Os petroleiros acusaram os gestores da empresa de financiarem a truculência da Polícia Militar contra atos e greves da categoria, em diversos estados, fornecendo comida e combustível para os policiais, que vêm atuando como segurança privada junto com a segurança patrimonial da Petrobrás, num claro desvio de seu papel de segurança pública.
Privatização
A manifestação teve início por volta das 8h, em protesto contra a privatização da Petrobrás e o enxugamento do quadro de trabalhadores, pautas principais da reunião da diretoria executiva, que acontecia no prédio onde os petrleiros protestavam.
As lideranças sindicais denunciaram a atual gestão da Petrobrás, capitaneada pelo presidente Aldemir Bendine e pela diretora de E&P, Solange Guedes, pelo desmonte da empresa. Eles cobraram explicações sobre o destino que terão os empregados que estão perdendo seus postos de trabalho, questionando os rumores de um novo PIDV que pode vir a ser apresentado à categoria, nos mesmos moldes da década de 1990, no governo de FHC.

País

Entidades juntas contra o golpismo

Centrais sindicais, sindicatos e movimentos sociais intensificaram nesta semana as articulações para a formação de uma grande reação unificada contra os movimentos golpistas das forças de direita no brasil. A gota d`água foi a condução coercitiva do ex-presidente Lula, na última sexta-feira, para depoimento à Polícia Federal. E ontem, outra violência sem qualquer amparo legal foi denunciada pelo Instituto Lula: o sequestro da senha do administrador de e-mails da organização.
Para o coordenador geral do Sindipetro-NF, Marcos Breda, “os petroleiros e petroleiras nesse momento devem se manter prontos para a luta, que na verdade só está iniciando”.
“Estamos em uma conjuntura de ataques permanentes contra os trabalhadores, contra a soberania, contra a democracia e contra o patrimônio do povo. A nossa greve recente foi apenas suspensa e pode ser retomada, mas é importante saber que estes ataques envolvem a classe trabalhadora como um todo e temos que organizar a resistência para além dos petroleiros. Por isso é tão importante organizar a resistência nacionalmente e por meio da Frente Brasil Popular que CUT, a FUP e os sindicatos estão participando”, disse.
Autoritarismo
FUP, CUT e diversas outras entidades sindicais, intelectuais, artistas, políticos e partidos divulgaram notas em solidariedade a Lula e condenando os excessos autoritários da Operação Lava Jato. “O Brasil vive um momento decisivo em que a democracia está em risco e os direitos fundamentais estão sendo violados”, afirma nota da CUT.

Parque de Tubos

Assalto alerta para insegurança no PT

Três assaltantes entraram na manhã da segunda, 7, na agência do banco Santander na base da Petrobrás, no Parque de Tubos, em Macaé, e levaram R$ 160 mil. Eles tiveram acesso ao local utilizando crachás provisórios da própria empresa.

Depois da ação, os assaltantes deixaram a base do Parque de Tubos. O assalto só foi percebido quando os primeiros clientes chegaram ao banco e encontraram os funcionários amarrados.

“É uma situação que nos preocupa muito. Ainda bem que não houve algo mais grave, mas é muito sério estarmos tão vulneráveis. Os trabalhadores, tanto do banco quanto da base do Parque de Tubos, correram muito risco”, afirma o diretor do NF, Marcelo Abrahão.

Segundo outro diretor do NF, Flávio Melo, que trabalha no Parque de Tubos, os assaltantes ameaçaram explodir bananas de dinamite para render os funcionários do banco, o que aumenta a preocupação com a segurança da base, que possui, próximo ao local, um depósito de combustível de aviação.

 

15 anos da P-36

Evento no sindicato dias 14 e 15

O Sindipetro-NF promove na próxima segunda, 14, às 18h, na sede da entidade, em Macaé, palestra com a professora Cristina Brites, da Universidade Federal Fluminense, doutora em Serviço Social pela PUC-SP. Ela falará sobre o tema “O tempo que o tempo tem”. Também participarão da mesa o diretor do Sindipetro-NF, Raimundo Teles, e Luzineide Santana, viúva de Emanoel Portela Lima, representante as famílias dos petroleiros mortos na explosão da P-36.
A atividade integra a programação dos 15 anos da tragédia, em 2001. Também no dia 14, haverá o descerramento de uma placa em homenagem aos 11 petroleiros mortos na plataforma P-36.
Ato no Farol
No dia seguinte, a terça, 15, haverá ato político no Heliporto do Farol de São Thomé, em Campos dos Goytacazes, às 9h, com as participações de dirigentes sindicais e familiares das vítimas.
Insegurança continua
“Depois de 15 anos ainda vivemos irresponsabilidades de gerentes impunes que colocam corriqueiramente trabalhadores em risco nas unidades. Denunciamos constantemente problemas de baixo efetivo, falta de manutenção nas áreas industriais e muitos outros”, afirma o coordenador de comunicação do sindicato, Tezeu Freitas.

 

Dia da Mulher

Arte e debate nas sedes do NF

Filme que relata reação de mulheres contra opressão machista está entre as atrações

Realizada ontem no Teatro do Sindipetro-NF, em Macaé, a exibição do filme francês “A fonte das Mulheres”. O evento fez parte da programação que marca a passagem, nesta semana, do Dia da Mulher, o 8 de março.
O filme voltará a ser exibido pelo NF, na sede de Campos, na terça, 15. Nos dias 16 (Campos) e 17 (Macaé), haverá a Roda de Conversa sobre “A Trajetória do feminismo nos últimos 20 anos”, com Elaine Bezerra.
Também faz parte da programação a exposição de artes plásticas com os artistas Beatriz Mignone e Luciano Pau Ferro, até o dia 15 na sede de Macaé. No dia seguinte, os trabalhadores serão levados para permanecerem em exposição na sede de Campos.
Origem socialista
O Dia Internacional da Mulher tem origem socialista. A data 8 de março foi fixada a partir de uma greve iniciada no dia 23 de fevereiro de 1917, na Rússia, em uma manifestação organizada por tecelãs e costureiras de Petrogrado, estopim da primeira fase da Revolução Russa.

Cabiúnas

Petroleira atingida nos olhos na base

Trabalhadora da base de Cabiúnas, que atuava em serviço de retirada de flanges para instalação da válvula de descarga de uma bomba de LGN, foi atingida nos olhos e no rosto por borra, na sexta, 4. Outros dois trabalhadores também foram atingidos, mas apenas se sujaram.
A petroleira recebeu atendimento no Setor Médico e foi levada em seguida para avaliação em uma clínica.
O Sindipetro-NF teve acesso a relatos dos trabalhadores, que apontam para possíveis falhas no planejamento e liberação da PT (Permissão de Trabalho). O diretor do sindicato, Claudio Nunes, representa a entidade na comissão de investigação do acidente.

Normando

O que é “Petrobrás-escritório”?

Levantamos uma polêmica a respeito da formatação da Petrobrás. O grupo dirigente há décadas a vem transformando em uma empresa fora da area operacional, a “Petrobrás-Escritório”. Trata-se do projeto, inclusive, da atual diretoria, que investe pesado na terceirização completa da atividade fim.
Alguns companheiros de escritórios sentiram-se tocados pelo texto. É um equivoco que atribuo à inépcia minha e à política sindical. Nossa por falta de clareza: é como se denunciássemos a terceirização e o trabalhador terceirizado se sentisse ofendido.
Quem manda na Petrobrás – e nunca foi o Governo, nem sob o PSDB nem sob o PT – pretende o fim do crachá-verde na area operacional, mas não só. Consigo listar uma série de atividades próprias, nos escritórios, hoje terceirizadas. A ameaça é a mesma em ambas as frentes. Apenas se fará sentir, em massa e primeiro, na operação. A culpa da política sindical é não ter deixado isso claro.
Hipocrisia
A RMNR foi denunciada como benesse da “sindicatocracia” da area operacional, em famoso e-mail que correu as bases, e foi lido por gerentes em reuniões, como argumento para conduzir o voto à vitoriosa candidata da gestão, durante as eleições para a representação dos trabalhadores no Conselho de Administração.
Como assim a RMNR foi um “jogo combinado” entre o “sindicato que só cuida da operação” e o RH, se a medida visava, especificamente, tornar mais competitiva a remuneração do regime administrativo? A hipocrisia a que nos referimos é a da gestão da empresa, que criou o monstro e agora o atribui aos trabalhadores. Com parcela de razão porque, afinal, o movimento sindical figurou nessa comédia seu histórico papel de trouxa.
Porém, muito pior do que o movimento sindical são os que acreditam que as ações da RMNR irão quebrar a empresa. Derrotada nos processos que visam eliminar a distorção remuneratória, sem argumentos jurídicos, a Petrobrás vem cooptando os ministros do TST com essa falácia, sem apontar números e sem permitir que se debata a “possibilidade de falência” provocada pelo sindicato-vilão.
Salvação
Quem comprou a versão da gestão pode ficar tranquilo. O ministro Ives Gandra Filho, do TST, declarou ser questão de honra eliminar a “farra” da RMNR. Tudo indica que conseguirá seu intento. Até porque tomou posse semana passada, como presidente do TST, declarando ser sua missão tornar a Justiça do Trabalho menos protecionista.

Curtas

Spie da UO-Rio

Tem previsão de terminar amanhã a auditoria externa do IBP para manutenção da certificação do Spie da UO-Rio. Os trabalhos vêm sendo acompanhados pelo Sindipetro-NF, representado pelos diretores Luiz Carlos Mendonça (que embarcaria na P-40, em voo retornou após problema no trem de pouso), Antônio Raimundo Telles e Alessandro Trindade. Além de P-40, estão sendo auditadas as plataformas P-50, P-55 e P-62.

Ouro Negro

O diretor do Sindipetro-NF , Valdick Oliveira, embarcou em P-48 na terça, 8, para participar da Operação Ouro Negro. A operação é uma fiscalização da ANP que envolve também reúne representantes da SRTE, Marinha, Anvisa, Ibama e MPT. A Operação Ouro Negro já fiscalizou as plataformas de PNA-1, P-55, P-15 e PCH1, todas motivadas por denúncias do Sindipetro-NF.

Setor privado
Os petroleiros da Franks aprovaram em assembleia, na última quinta-feira, a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho. A aprovação foi unânime. O acordo prevê o estabelecimento de piso salarial de R$ 1.175,00 e avanços em benefícios. No dia seguinte foi a vez dos trabalhadores da Superior, que também aprovaram em assembleia a assinatura do ACT, com reajuste de 9,5%, e conquista da dobradinha de 7 de setembro.

Luto

Morreu no último dia 2, em Campos dos Goytacazes, o petroleiro Antonio Carlos Barroso Gomes, de 59 anos, que trabalhava no Parque de Tubos, na gerência da P-17. O trabalhador foi vítima de uma morte súbita. O Sindipetro-NF lamenta a perda do companheiro e registra as suas condolências aos familiares, amigos e colegas de trabalho.