Da Imprensa do Sindipetro-BA
O desmonte do Sistema Petrobrás, a ameaça de entrega do Pré-sal ao capital estrangeiro e a venda dos campos terrestres de petróleo no Nordeste e Espírito Santo, são assuntos que serão abordados em Debate Público, hoje (14), às 10h, na Assembleia Legislativa da Bahia, no Auditório Jorge Calmon.
O debate reunirá a categoria petroleira, movimentos sociais, sindicais e da juventude, além de representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e também diversos parlamentares da Bahia e de outros estados a exemplo dos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Roberto Requião (PMDB-PR).
O governador da Bahia, Rui Costa, a gerência geral da Petrobrás, os prefeitos dos municípios das regiões localizadas no entorno da zona petrolífera também foram convidados. Além de entidades como o CREA e UPB.
Na Bahia, dois dos polos de produção mais rentáveis foram os escolhidos pela Petrobrás para serem entregues à iniciativa privada. Um deles é Buracica, que possui sete campos e está localizado na região dos municípios de Catu e Alagoinhas. O outro é Miranga, com nove campos e situado na região de Pojuca.
Com a venda desses polos, cerca de 250 trabalhadores diretos ficam sem postos de trabalho e amargam a incerteza se serão transferidos, quando e onde podem ser realocados. Para os cerca de 750 trabalhadores indiretos a realidade é ainda mais cruel. Esses, serão demitidos.
A direção do Sindipetro Bahia alerta que a venda dos campos terrestres às empresas privadas irá causar grandes impactos nos municípios situados no entorno desses campos no Recôncavo baiano. A estimativa é de que haja uma redução de cerca de 60% do efetivo próprio e terceirizado, junta-se a isso a redução da massa salarial, o que pode provocar um grande impacto negativo na economia dessas cidades.
O coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, ressalta que a FUP e sindicatos filiados vêm utilizando de todos os recursos, inclusive jurídicos, para tentar barrar esse processo de desmonte dessa grande companhia, que na Bahia, por exemplo, está entregando à iniciativa privada um negócio lucrativo, que são os campos terrestres de petróleo. Deyvid afirma que a luta em defesa dos trabalhadores, do Sistema Petrobrás e do Brasil será feita diariamente, nas portas das unidades da Petrobrás, no Congresso Nacional e nas ruas.