Nascente 931
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Editorial
Sempre construído por vc
Em julho, o Sindipetro-NF vai completar 20 anos de fundação. Para marcar a passagem, começaram a ser veiculadas neste mês peças publicitárias de uma campanha que procura destacar a importância das lutas travadas pela categoria petroleira no curso destas duas décadas.
Nestes tempos de ataques intensivos contra sindicatos e movimentos sociais, os trabalhadores precisam ficar atentos e não negligenciarem as suas próprias grandes obras.
O Sindipetro-NF precisa ser avaliado à luz dessa construção coletiva no curso da história. É uma entidade forte, feita pelas mãos de milhares de petroleiros, que teve origem justamente em um momento de necessidade de reação aguerrida contra os desmandos neoliberais dos anos 90.
Com a crescente importância da Bacia de Campos, tornou-se nítida a importância de um sindicato específico para a região. Deu-se então início ao movimento que levou ao plebiscito que separou a base do Sindipetro-RJ.
Em um curto período o sindicato se estruturou e passou a protagonizar lutas locais e nacionais vitais para os trabalhadores brasileiros. O NF atualmente é referência em bandeiras como o combate à insegurança do trabalho — que levou de modo pioneiro às interdições de plataformas — e tem atuação destacada contra o desmonte da Petrobrás e a entrega do pré-sal.
As lutas são difíceis, os cenários são tensos e são pesadas as exigências, o que pode fazer o trabalhador pensar que não vale a pena lutar, que as batalhas são sempre perdidas e que, no final, o Capital sempre vence. Mas isso não é verdade. Basta raciocinar em sentido oposto: o que seriam dos trabalhadores e da Petrobrás se não fossem a resistência dos petroleiros e a construção de entidades como o Sindipetro-NF?
Nos piores cenários, preservamos o essencial e impedimos crimes maiores do que os que acabaram por ser cometidos — quem não se lembra da Petrobráx?. Nos cenários melhores, ampliamos enormemente as conquistas do acordo coletivo e inclinamos a Petrobrás um pouco mais para o seu compromisso social de desenvolvimento social, o que agora se desfaz. Sempre defendendo projetos e visões de País, nunca pessoas ou grupos.
Estamos novamente em um período duríssimo, mas não nos faltará essa chama que nos tem trazido até aqui. O sindicato seguirá firme e forte, em defesa das nossas causas urgentes, e sempre construído por você.
Espaço aberto
Protesto
Aurelito Lopes dos Santos*
Dia 04/03/2016, sem dúvida alguma, é um dia dos mais tristes para mim, um ex-militante do PT. Não pelo fato de Lula ser conduzido pela Polícia Federal para prestar esclarecimento, mas sim, porque estou me sentindo traído. Não estou emitindo juízo de valor, mas não podemos virar o rosto para tudo que está acontecendo no País, corrupção, ameaças de delação, escândalo e mais escândalo. O nosso “PT” jamais poderia errar tanto, não importa se governos passados foram ou não investigados.
É inacreditável que PT consegue, com suas próprias pernas, se embaraçar ao ponto de se tornar o partido hoje mais odiado do país, nunca em toda a história da política brasileira se viu isso. Sei que muitos já dizem, “ isso é uma tentativa de golpe”, inclusive o sindicato que me representa. Falhar em um plano econômico, política social e ou algum outro plano, é perdoável, mas a corrupção, essa não podemos acobertar.
Como podemos virar o rosto para isso? Quero aqui alertar aos nossos dirigentes sindicais para que não entrem no caminho errado, de apoiar pelo simples fato de ser PT. Nós, como categoria petroleira que tanto privamos a honestidade e ética, não aceitaremos qualquer proteção para aos que praticam atos ilícitos. Fui bastante questionado por amigos sobre esse escândalo envolvendo o governo do PT, confesso que não tive argumento suficiente para fazer a defesa, preferi me calar. Sei que lutei, fiz corpo a corpo e até pedir a muitos amigos que dessem essa oportunidade ao governo do PT, pois achava eu que seria um governo que o povo jamais esqueceria pelo o bem que faria a nação, o povo estava carente e brotava uma esperança de um dia ver o Brasil melhor.
Termino meu modesto protesto citando um velho ditado que diz: “o pau que dá em Chico dá em Francisco”, é o penso sobre tudo isso.
Aproveitando, solicito que a direção sindical reavalie sua posição e procure saber a posição da categoria.
* Petroleiro da P-47.
TODOS PARA CIMA DELES
Atos públicos nesta sexta para defender democracia, pré-sal e Petrobrás. Haverá ônibus para o protesto do Rio saindo do Sindipetro-NF. Categoria não pode se omitir
Centrais sindicais, sindicatos e movimentos sociais se articularam nos últimos dias para realizarem, amanhã, atos nas principais capitais do País em uma grande reação unificada contra os movimentos golpistas das forças de direita no brasil. O Sindipetro-NF vai disponibilizar ônibus para a manifestação marcada para o Rio de Janeiro, na Praça XV, com concentração a partir das 16h.
Para o sindicato, os petroleiros têm uma importância especial em relação ao movimento, que além de denunciar os riscos á democracia pelos quais vem passando o país, também levará bandeiras históricas da categoria como a luta contra a privatização da Petrobrás e em defesa da exploração do petróleo da camada pré-sal em benefício dos brasileiros.
Para o coordenador geral do Sindipetro-NF, Marcos Breda, “os petroleiros e petroleiras nesse momento devem se manter prontos para a luta, que na verdade só está iniciando”. Segundo ele, é preciso sair da zona de conforto e ter consciência de que todos os trabalhadores estão sob ameaça.
“Estamos em uma conjuntura de ataques permanentes contra os trabalhadores, contra a soberania, contra a democracia e contra o patrimônio do povo. A nossa greve recente foi apenas suspensa e pode ser retomada, mas é importante saber que estes ataques envolvem a classe trabalhadora como um todo e temos que organizar a resistência para além dos petroleiros. Por isso é tão importante organizar a resistência nacionalmente e por meio da Frente Brasil Popular que CUT, a FUP e os sindicatos estão participando”, disse.
PLS com pontos ainda a enfrentar
Os senadores aprovaram, no final da noite de ontem (15), o Projeto de Lei do Senado (PLS) 555, que segue agora para apreciação pela Câmara dos Deputados. O texto, que cria a chamada Lei de Responsabilidade das Estatais, vinha sendo criticado por apresentar brechas em seu teor para a privatização destas empresas, mas um acordo fechado entre parlamentares da base aliada e oposição, com o aval dos trabalhadores, permitiu a votação.
Por meio dessa negociação, foi aprovado o relatório original, de autoria do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), mas em compensação, em conjunto com emendas que alteraram pontos considerados básicos por representantes do Comitê Nacional de Defesa das Estatais. A primeira e mais emblemática mudança é a proibição de que essas companhias sejam transformadas em sociedades anônimas.
A segunda alteração, elogiada também pelos representantes dos trabalhadores, foi o fim de exigências em relação a ações preferenciais destas empresas. E a terceira, a aprovação de que o Estatuto das Estatais só será obrigatório para as empresas que tenham mais de R$ 90 milhões de receita operacional bruta, conforme avaliação feita pelo Comitê de Defesa das Estatais.
Pontos negativos
Apesar dos três pontos considerados avanços a serem destacados, os representantes dos trabalhadores vão se reunir para avaliar os pontos que consideram negativos. São estes, a restrição à participação nos conselhos de administração e diretorias – que atinge trabalhadores e os que ocupam cargos de ministros e secretários de Estado, a exigência de que 25% dos membros do conselho de administração sejam independentes e a exigência de que as empresas comercializem no mercado 25% de suas ações (neste último ponto, no entanto, houve avanços, porque o texto original englobava todas as empresas e no PLS aprovado, vale apenas para as listadas na Bolsa de Valores.
P:36 – Atividades para gerar indignação
O Sindipetro-NF realizou na segunda, 14, e na terça, 15, atividades para marcar a passagem dos 15 anos da tragédia da P-36, em 2001. Foram feitos descerramento de placa com homenagem aos petroleiros mortos, palestra no Teatro do NF em Macaé e Ato no Heliporto do Farol de São Thomé (cobertura completa das atividades no site do NF). Passada esta década e meia, a constatação da direção do sindicato é a de que pouco mudou na área de segurança e ainda há muito a reivindicar.
“Exemplo disso é a explosão que matou nove trabalhadores no ano passado no Espírito Santo. A comparação é inevitavel. Em 2001, 11 petroleiros próprios da Petrobrás morreram. Em 2015, nove petroleiros contratados da BW. Os afretamentos precarizam a segurança e devem ser combatidos, o que reforça a necessidade de retomada dos investimentos na Petrobrás. Relatório da ANP responsabilizou a Petrobras e a BW e disse que a sequência de fatos que levaram ao acidente iniciou no primeiro dia de operação do navio, que não foi projetado para armazenar condensado de gás”, afirma o coordenador geral do NF, Marcos Breda, para demonstrar que as tragédias continuam e ainda há muito a ser feito.
Curtas
Manifesto da P-52
Os petroleiros da plataforma P-52 enviaram ao Sindipetro-NF manifesto para registrar o apoio do grupo às ações sindicais em defesa do pré-sal e contra o projeto PLS 131 (e demais projetos lesivos, como o PLS 555), além de manifestar preocupação com a conjuntura econômica do País e da Petrobrás. O NF elogia a iniciativa dos trabalhadores em discutir estes temas e se colocarem dispostos à luta. Íntegra em http://bit.ly/1WqSOZl.
PCH1
O diretor do Sindipetro-NF, Luiz Carlos Mendonça, embarcou na segunda, 14, para participar de reunião de Cipa a bordo da plataforma PCH-1. O embarque de diretores sindicais para reuniões de Cipa em plataformas é uma conquista da categoria petroleira no acordo coletivo. O NF estimula permanentemente as denúncias sobre as condições de trabalho pelo e-mail [email protected].
Debate hoje
“A trajetória do feminismo nos últimos 20 anos” é tema da Roda de Conversa que o Sindipetro-NF promove hoje, 17, na sede de Macaé, às 19h. A mesma atividade, que faz parte da programação do mês da mulher, foi realizada ontem em Campos. O bate papo é coordenado pela representante a Marcha Mundial de Mulheres e integrante do Núcleo de Estudos em Gênero Pagu da Unicamp, Elaine Bezerra. Saiba mais em http://bit.ly/1ROtpoF.
Luto
A categoria perdeu no domingo, 13, o petroleiro aposentado Abraão Stutz, 53 anos, que atuava como empregado da Petrobrás no setor de contabilidade. O trabalhador morreu em Niterói, vítima de câncer nos ossos, e foi sepultado em Macaé, onde residia. O Sindipetro-NF lamenta a perda do companheiro e manifesta as condolências aos familiares, amigos e colegas de trabalho do petroleiro.
Memória
Duas décadas de lutas urgentes
Coordenador do Sindipetro-NF fala sobre os 20 anos da entidade e compara conjuntura de 1996 com 2016
Vitor Menezes / Da Imprensa do NF
O Sindipetro-NF começou na última semana a veiculação de peças publicitárias que marcam a passagem dos 20 anos da entidade, fundada em 2 de julho de 1996. Nesta entrevista, o coordenador geral do sindicato, Marcos Breda, fala sobre os propósitos da camanha e sobre as lutas atuais dos petroleiros. Segundo ele, passadas duas décadas da criação do NF, a categoria possui mais estrutura para a ação sindical, mas mantém uma urgência semelhante: a de resistir na defesa da Petrobrás e do País. Confira:
Imprensa do NF – Qual comparação você faz do momento atual do Sindipetro-NF em relação àquele da fundação, há 20 anos?
Breda – Acompanhei o sindicato todos estes anos, tenho trinta e três anos de trabalho na Petrobrás e posso dizer que hoje a nossa entidade dispõe de uma infraestrutura robusta e pronta para as lutas dos petroleiros e petroleiras. Avançamos também politicamente com atuação em movimentos sociais e em diversos espaços da sociedade. Também no contato com a categoria como por exemplo nossa presença nos aeroportos que já somam quatro e nas setoriais que realizamos no Terminal de Cabiúnas e nas empresas do setor privado. É claro que temos muito a realizar e é isso que move a diretoria do sindicato.
Imprensa do NF – A greve de 1995 foi um marco que esteve na raiz da fundação do sindicato, em 1996. Qual o papel, agora, da greve de 2015 neste novo momento da entidade?
Breda – Assim como a greve de 1995 impediu a privatização da Petrobrás, a construção da greve de 2015, vinte anos depois, teve como principal objetivo barrar o desmonte da empresa iniciado com a implantação de um programa de venda da empresa aos pedaços. A greve foi o primeiro passo dessa luta que aparentemente será longa. A participação da FUP no grupo de trabalho que está apontando soluções para o problema de financiamento da empresa também é parte importante dessa luta. É claro que os petroleiros e petroleiras terão que se manter preparados para reagir, com mais força ainda, quando a empresa anuncia vendas, como ocorreu recentemente em relação aos campos maduros de terra no Nordeste. A FUP juntamente com sindicatos que incluíram aqueles que saíram da federação fizeram um ato conjunto mostrando que esse assunto está acima de eventuais discordâncias entre as lideranças.
Imprensa do NF – Este ano de 2016 está mergulhado em um cenário de extrema atenção em relação aos direitos trabalhistas e aos avanços sociais. Quais são as mais importantes lutas do sindicato neste momento?
Breda – O diretoria do sindicato inicia suas reuniões com análises de conjuntura exatamente para estar atenta aos cenários que se apresentam como desafios para a classe trabalhadora. A nossa avaliação é que este será mais um ano de ataques aos direitos dos trabalhadores que vai exigir reação contundente. Sabemos que em momentos assim é sempre mais difícil avançar nas conquistas, mas temos que nos unir e trabalhar na organização dos trabalhadores para proteger as conquistas do passado de forma a não retroceder.
Imprensa do NF – Nestas duas décadas, o Sindipetro-NF teve eleitas direções afinadas com a CUT e os movimentos progressistas que nasceram e se fortaleceram na redemo-cratização da década de 1980. Após o governo Lula, um dos principais expoentes dessa geração, o sindicato recebeu críticas de que seria governista. Quais os limites entre o apoio a um projeto e o apoio a um governo?
Breda – O sindicato tem muita clareza em relação ao seu papel na defesa dos interesses da classe trabalhadora e sempre se posiciona de forma a proteger esses interesses. Um grande exemplo disso foi o ano de 2010. Era um ano eleitoral e apoiamos abertamente a continuidade de um governo do PT, opção que avaliamos ser a que melhor representava os interesses dos trabalhadores. Um pouco mais de um mês antes da eleição conseguimos, por meio de denúncias aos órgãos fiscalizadores, a interdição da primeira plataforma marítima de petróleo. A notícia virou manchete dos “jornalões” e muitos criticaram a diretoria do sindicato pelo o risco de atingir a imagem do governo. Ficou claro alí que o interesse dos trabalhadores sempre esteve à frente em qualquer circunstância. Hoje vivemos um momento ainda mais difícil, no qual o governo, fragilizado pelas tentativas sucessivas de golpe, se rendeu no setor petróleo e negociou com a oposição o projeto que ataca a Petrobras no pré-sal. Nós criticamos fortemente esta traição do governo, mas ao mesmo tempo não apoiamos o golpe, pois isso seria contra a democracia e, além disso, as opções que se apresentam com a queda do governo vão colocar os próprios entreguistas no comando do país. É dessa forma bastante lúcida que nos mantemos sempre do lado dos interesses dos trabalhadores.
Imprensa do NF – Há dez anos, quando a Petrobrás ainda sentia os efeitos de uma lacuna no ingresso de trabalhadores próprios, era nítida uma certa distância entre os petroleiros mais antigos e os mais novos, o que se refletia na ação sindical. Como está esta relação na atualidade? Está mais equilibrada?
Breda – Os sindicatos tiveram que acompanhar essa mudança e mesmo ainda sendo preciso mudar bastante a forma de o sindicato se comunicar com esse novo perfil da categoria já é possível verificar uma sensível modificação. A própria diretoria do sindicato hoje tem um grande número de jovens diretores que tem conseguido estabelecer um contato maior com essa parcela cada vez maior de novos petroleiros e petroleiras.
Imprensa do NF – Embora represente os petroleiros do Norte Flumi-nense, o Sindipetro-NF, por sua projeção e capacidade de ação, tem uma significativa atuação nacional. Como a entidade consegue conciliar demandas locais com demandas nacionais? Isso por vezes não frustra o trabalhador que está mais próximo das questões do dia a dia?
Breda – Essa é uma tarefa de formação política das mais importantes e se traduz em um grande desafio para o movimento sindical. A luta do dia a dia dos trabalhadores não pode ficar isolada e é papel das lideranças correlacionar essas lutas com o contexto geral e classista. A ação do sindicato nos embates gerais da classe trabalhadora deve ter o trabalhador do chão de fábrica como ator principal é não como coadjuvante. No NF temos procurado exercitar esse conceito em todas as oportunidades de participação nas lutas mais gerais, oferecendo infraestrutura e incentivando a participação não só dos trabalhadores como da população das cidades sedes do sindicato.
Imprensa do NF – O Sindipetro-NF comemora 20 anos em um momento em que a Petrobrás enfrenta uma das piores crises de imagem da sua história. O sindicato tem conseguido contribuir para separar a má imagem dos que desviaram recursos da empresa, em relação à grande maioria honesta dos seus trabalhadores?
Breda – Nesses vinte anos o sindicato sempre reforçou o caráter nacionalista da Petrobrás. Sempre defendeu a Petrobrás 100% pública e atuando como mola propulsora do desenvolvimento nacional. Sempre destacou o orgulho de trabalhar na maior empresa do país e o fato dela pertencer a todo o povo brasileiro. Os desvios nessa empresa não começaram nos últimos anos e nosso sindicato durante esses vinte anos denunciou muitos desses desvios que agora tomaram vulto com a operação lava jato. A FUP e seus sindicatos temos atuado de forma a esclarecer a opinião pública para a grande confusão proposital que a grande mídia acaba difundindo “que na Petrobrás são todos ladrões”. Diversos editoriais das entidades deixam claro que os desvios se restringem a meia dúzia de corruptos, que logicamente têm que pagar pelos crimes, sendo julgados e presos.
Imprensa do NF – O que o sindicato vai procurar destacar na campanha de mídia dos seus 20 anos? Quais os valores serão reafirmados e qual o conceito das peças publicitárias?
Breda – A campanha tem como principal objetivo destacar as nossas lutas. Nesses vinte anos o Sindipetro-NF participou de muitas lutas e em todas elas o grande objetivo foi fazer avançar a classe trabalhadora. É importante verificar que nossas lutas não foram unicamente por interesses imediatos, lutamos por democracia, por liberdade e por manter o patrimônio do povo. Estes são os valores que queremos passar na campanha.
Imprensa do NF – O que você diria sobre a entidade a um petroleiro que está chegando agora à categoria e, eventualmente, ainda não é filiado ao NF? O que você acredita que pode convencer um jovem a ingressar no movimento sindical?
Breda – A luta sindical é coletiva e cada um pode e deve fazer sua parte, seja participando como liderança, seja participando enquanto um dos integrantes da categoria. Para isso sindicalizar-se é fundamental. A sindicalização contribui para além do financiamento da luta sindical pois é uma demonstração inequívoca de unidade dos trabalhadores. A nova geração de petroleiros e petroleiras precisam despertar para a organização sindical construída com muita luta pelos que os antecederam e ocupar estes espaços de luta de maneira crescente. Este deve ser o projeto de toda a entidade que se pretende perene.
Imprensa do NF – Você é otimista em relação ao futuro da entidade?
Breda – Sou muito otimista em relação ao nosso futuro por saber que a categoria petroleira é de luta e não se intimida diante dos desafios. A trajetória que fizemos nos credencia para novas e grandes lutas que certamente serão realizadas pelas novas gerações.