Baixo efetivo e brigada reduzida na P-48

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Do Boletim Nascente

A bordo da P-48 na semana passada, para participação na comissão que investiga as causas do incêndio recente na unidade, o diretor do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, constatou problemas graves na plataforma. A unidade está passando por manutenção, com uma UMS acoplada desde agosto de 2015, que faz aumentar em 500 o número de trabalhadores a bordo, além dos 200 usuais. Mesmo assim não foi elevado o efetivo das equipes para liberação de PT (Permissão de Trabalho), sob o argumento da economia de hora extra.

Para o sindicato, não é possível haver um volume maior de trabalhos com a mesma quantidade de trabalhadores para operar a planta de processo, liberar e acompanhar esses trabalhos.

Brigada reduzida

A entidade também ressalta o papel fundamental da brigada de incêndio, que estava com poucas pessoas. Vários trabalhadores que não são brigadistas tiveram que atuar na função, formando uma segunda composição de brigada para ajudar a debelar o fogo. Segundo relatos dos trabalhadores e brigadistas, devido o subdimen-sionamento da brigada, os brigadistas e não brigadistas estavam ficando exaustos, o que também levou trabalhadores terceirizados a atuar nessas duas frentes. Normalmente, as brigadas nas plataformas são formadas por empregados da Petrobrás.

Chamas de 20 metros

Outros pontos também foram levantados pelo representante do sindicato, que deverão constar do relatório final da comissão. Foi confirmada a extensão do dano do acidente e a gravidade anunciadas pelo NF, que tentaram ser minimizadas pela Petrobrás. O incêndio se propagou por pelo menos 180 metros na lateral de boreste da plataforma, com labaredas acima de 20 metros. Após o acidente, a P-48 foi interditada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo).