*Edjane Rodrigues
O dia 31 de março de 2016 ficará marcado como o dia em que o golpe foi barrado nas ruas, diferentemente de 52 ano atrás, quando houve o golpe civil militar, colocando o país sob regime autoritário, onde os militares e as elites derrubaram com golpe as reformas de base de interesse das classes populares. O mesmo cenário se repete na atualidade, onde os direitos democráticos, de liberdade e humano estão sob ameaça.
Empresários, banqueiros, latifundiários, parlamentares de partidos derrotados nas eleições, grupos religiosos, setores do judiciário e a mídia comercial, representada pela rede Globo e Editora Abril, estão se posicionando como um partido.
Desses setores, há a difusão de informações tendenciosas e manipuladoras que visam dar tom de legitimidade ao golpe contra a presidenta, desrespeitando a Constituição Federal, já que Dilma não cometeu qualquer crime. Por mais que se critique a condução do governo, nada justifica a derrubada dele por meios ilícitos.
Então, se você realmente quer um Brasil melhor, com a diminuição da pobreza, emprego, mais saúde, educação pública, melhores salários e fim da corrupção, saiba que o impeachment ou intervenção militar não é a solução. Por isso, mais do que nunca, é vital para aperfeiçoarmos a democracia, garantirmos os mecanismos de participação social, evitando que arranquem nossas conquistas obtidas com suor, sangue e lutas ao longo da história.
A juventude, os movimentos de cultura do centro e da periferia, a comunidade LGBT, o movimento negro, além da participação efetiva das mulheres na política, asseguram a liberdade e a democratização da representatividade da sociedade brasileira nos espaços de poder.
Veja o que está por trás desta tentativa insana de derrubar o governo:
Fim dos concursos públicos, fim da valorização do salário mínimo, rotatividade, desemprego, privatizações, e terceirizações, prevendo o fim da CLT, onde estão garantidos o 13 salário, pagamento de horas extras e FGTS.
A saúde e educação pública estão na mira dos golpistas. Porque os serviços públicos não dão dinheiro para empresários, ao não ser que sejam repassados para gestão de OS, como em vários estados isso já acontece na saúde e recentemente um ataque constante a área educacional, transferindo a gestão e as verbas públicas para a inciativa privada.
A juventude que é herdeira das lutas e conquistas do estado democrático de direto, juventude essa que hoje goza dos direitos, balizados no acesso e permanência na educação, diretos no campo e na cidade, estes filhos da classe trabalhadora que mesmo não votando neste governo democraticamente eleito nas urnas tem a clareza do golpe que esta arquitetado e contra os direitos sociais e democráticos.
*Secretária de Juventude