Assassinatos de militantes do MST refletem ambiente conservador no País, avalia NF

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

A ação da polícia militar do estado do Paraná e de jagunços da empresa Araupel, que resultou nos assassinatos de dois trabalhadores rurais sem terra e deixou vários feridos na última quinta-feira, no município de Quedas do Iguaçu, é um episódio gravíssimo e reflete a ascensão do comportamento conservador no Brasil. 

Para o Sindipetro-NF, trata-se de mais um caso de criminalização dos movimentos sociais, onde forças do estado e da elite econômica avaliam poder atuar impunemente na defesa do latifúndio e da propriedade de terras que não cumprem função social.

“A luta pela terra é legítima e não podemos admitir tamanha violência contra camponeses que só querem garantir seu sustento e nada mais”, explica o coordenador geral do sindicato, Marcos Breda. 

O sindicalista relaciona os assassinatos ao comportamento dos setores que defendem o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. “Estamos vivendo um momento histórico no País. Há uma clara tentativa de golpe contra a democracia e contra o trabalhador. É nesse cenário que o assassinato de dois militantes do MST no acampamento Dom Tomas Balduíno no Paraná ocorreu”, afirma.

Breda defende que “o governo Beto Richa, do PSDB do Paraná, e os grileiros precisam pagar pelas mortes e pelos vários feridos nesse triste episódio. Esta é mais uma sinalização, que demonstra o clima de intolerância, que os favoráveis ao golpe estão criando no País fará mais vítimas”.

O coordenador do sindicato registra a solidariedade da entidade às famílias da vítimas. O movimento sindical petroleiro vai acompanhar a apuração dos responsáveis por meio do seu sindicato coirmão, o Sindipetro-PR/SC.

 

[Protesto exige punição dos culpados pelos assassinatos de dois militantes do MST / Foto: Portal do MST]