A CUT vai destacar a tragédia de Mariana (MG) nas atividades do Dia Mundial em Memória das Vítimas de Doenças e Acidentes do Trabalho. A Central indicou às suas representações nos estados a programação de manifestações para lembrar os riscos enfrentados pelos trabalhadores e comunidades, mas decidiu realizar o seu ano nacional na cidade mineira.
“Faremos manifestações públicas na cidade de Mariana (MG) em memória das vítimas do rompimento da barragem em Bento Rodrigues, que devastou com lama tóxica toda uma cidade causando o maior crime ambiental da história do Brasil, atingindo vários municípios, tornando inviável a vida social, cultural, ambiental, aquática e destruindo a base de produção de renda dos agricultores e agricultoras que vivem a margem da bacia do Rio doce. Crime contra a vida e o meio ambiente de responsabilidade da Samarco, Vale/BHP Billiton”, explica documento da Central enviado a sindicatos filiados, como o Sindipetro-NF.
O NF apoia a iniciativa da CUT de lançar luz sobre a tragédia provocada pela Samarco. A entidade, que representa petroleiros que vivem cotidianamente com a iminência de mortes, mutilações, adoecimentos e tragédias ambientais, é solidária à dor das populações mineiras e capixabas, mais diretamente atingidas pelos desmandos da mineradora.
A tragédia de Mariana resultou nas mortes de 16 trabalhadores (12 terceirizados, três de Bento Rodrigues e um da Samarco), duas crianças mortas, um trabalhador desaparecido, mais de 10 mil postos de trabalho fechados, milhares de agricultores, comerciantes e pescadores sem trabalho, destruição da Bacia do Rio Doce e mais de um milhão de pessoas atingidas pelo acidente do trabalho ampliado.
