Imprensa da FUP – Há 21 anos, no dia 03 de maio de 1995, os petroleiros iniciavam a mais longa greve da história da categoria. Foram 32 dias de contestação e de resistência à truculência do PSDB e ao projeto ultraneoliberal que o partido implantou no Brasil, em conjunto com os setores empresariais e da mídia.
Os petroleiros tiveram que enfrentar até mesmo o Exército, que, a mando dos tucanos, invadiu várias refinarias da Petrobrás com tanques e tropas armadas. Centenas de trabalhadores foram arbitrariamente punidos, vários deles, demitidos.
Por mais de um mês, a categoria resistiu à violenta repressão comandada por Fernando Henrique Cardoso e às manipulações da imprensa. A FUP e seus sindicatos foram submetidos a multas milionárias e tiveram seus bens, penhorados.
Além de evitar a privatização da Petrobrás e de revelar a face autoritária do PSDB, a greve de maio de 1995 despertou um movimento nacional de solidariedade e de unidade classista. Várias categorias foram para às ruas defender a estatal, com um grito de guerra que se repetiu por todo o país: “Somos todos petroleiros!”.
Para lembrar essa história de luta, a FUP lançou no ano passado uma cartilha, detalhando os momentos de enfrentamento e de resistência antes, durante e após a greve. Na publicação (que pode ser acessada na internet: http://fup.org.br/revista-sobre-20-anos-de-greve-de-95/), representantes da nova geração de petroleiros ressaltam a importância desse movimento, que ainda hoje é referência para a classe trabalhadora.
20 anos depois, petroleiros fazem história novamente com greve de novembro de 2015
Os petroleiros realizaram em novembro passado a maior greve da categoria nos últimos 20 anos. O movimento teve caráter político ao denunciar para a sociedade o desmonte da Petrobrás e os prejuízos sociais do plano de desinvestimentos. A greve garantiu aos trabalhadores discutir com os gestores alternativas para a empresa preservar seus ativos e retomar a geração de empregos e a recuperação da cadeia produtiva do setor. Os petroleiros também conseguiram preservar as conquistas dos últimos 13 anos. fazendo a Petrobrás recuar nas propostas iniciais de corte de direitos e de redução de salários.