A greve petroleira iniciada em 1º de fevereiro segue forte, com quase 40 plataformas no movimento em todo o país, 21 delas no Norte Fluminense. Passa de 80 o número de bases em greve em 13 estados. A avaliação do movimento sindical é a de que a paralisação continuará a crescer, com o convencimento das demais bases de que esse é o momento de estabelecer um marco definitivo contra os ataques do governo Bolsonaro aos trabalhadores e à companhia.
A diretoria do Sindipetro-NF chama petroleiros e petroleiras a realizarem um grande mutirão de diálogo com os trabalhadores das unidades e bases que não realizaram assembleias de adesão à greve. Na Bacia de Campos, 18 plataformas ainda não entraram no movimento (P-08, P-09, P-12, P-25, P-26, P-33, P-38, P-40, P-52, P-53, P-54, P-65, PCE1, PGP, PRA1, PPM, PNA1 e PNA2).
O sindicato chama os trabalhadores destas unidades à reflexão sobre a gravidade do momento em que vive o país, e sobre a oportunidade de fazer história em uma paralisação que começa a contagiar até mesmo outras categorias, como forma de dar um basta ao corte de direito, às demissões, ao desrespeito, ao entreguismo, a uma política econômica que só favorece aos ricos.
Na Petrobras, o foco é claro: contra as demissões, contra o desmonte da empresa e pela redução nos preços dos combustíveis (que os petroleiros sabem ser possível). Não há base da companhia do país que não esteja vivenciando alguns ou vários aspectos deste ataque, seja tendo sido colocada à venda, seja com a deterioração da ambiência, seja com o autoritarismo insano da gestão bolsonarista na empresa.
Não cabe vacilação. Enquanto a cada dia novas bases entram na greve, enquanto cinco sindicalistas ocupam uma sala no Edise para pressionar a empresa a reverter as demissões na Fafen (que significa dizer que também outras novas demissões não serão aceitas), é preciso que cada um e cada uma que ainda não está na greve reflita sobre o seu papel e se conscientize de que somente juntos podemos ser fortes.
No Norte Fluminense, além das 21 plataformas que estão no movimento (P-07, P-15, P18, P-19, P-20, P-31, P-32, P-35, P-37, P-43, P-47, P-48, P-50, P-51, P-55, P-56 , P-61 , P-62, P-63, PCH1 e PCH2), tem sido forte a greve na base de Cabiúnas, que segue com o corte de rendição. Para as bases administrativas, o sindicato mantém o indicativo de que os petroleiros e petroleiras não compareçam ao trabalho e se juntem ao movimento.
[Foto: Coordenador do NF, Tezeu Bezerra, fala durante ato ontem, em frente ao Edise / Luciana Fonseca – Imprensa do NF]