Pela segunda vez consecutiva em menos de uma semana, trabalhadores da Petrobras ficaram quase 10 horas sem alimentação e hospedagem em Farol. Nesta sexta, 26 petroleiros que embarcariam para P-40 e Cherne tiveram o voo cancelado e por isso ficaram no aeroporto aguardando que a empresa providenciasse alimentação e hospedagem. Mais um descumprimento do ACT do dia de desembarque que garante nesses casos a hospedagem, transporte e alimentação.
Os trabalhadores que embarcam cedo, normalmente viajam durante a madrugada para chegar ao Aeroporto do Farol de São Tomé. O local é distante e não possui restaurante perto. Para essas pessoas, ficar durante horas sem comida e banho é extremamente estafante, fora à tensão pré-embarque ao qual já são submetidos. Novamente foi preciso que o Sindipetro-NF entrasse em contato com o RH da empresa para que as devidas providências fossem tomadas.
Para o sindicato essa é a demonstração de desorganização e do real descaso com o qual os trabalhadores estão sendo tratados na gestão de Pedro Parente que sucateia a empresa, promove um PLano de Demissão Voluntária que precariza os serviços da Petrobrás, para oferecê-la a preço de banana ao mercado estrangeiro.
No dia 15 de novembro, o sindicato havia denunciado outro caso idêntico de abandono dos trabalhadores no Heliporto do Farol de São Tomé. Desde a segunda, 14, por conta do mal tempo vários vôos foram cancelados, causando um acúmulo de passageiros no saguão. Até às 21h30, vinte e sete petroleiros que iriam embarcar para a P-18, P-26, P-33, PNA-1 e PNA-2 permaneceram no local, cansados e com fome. Os trabalhadores denunciaram que ligaram diversas vezes para o número de contato e ninguém atendia.
Durante a semana vários vôos foram transferidos também em outros aeroportos da região e com a redução que ocorreu esse ano de contratos de aeronaves, as saídas pelo PIDV de empregados de apoio e a irresponsabilidade da gestão em deixar terminar contratos de pessoal de apoio, o transporte aéreo passa por um verdadeiro caos. A diretoria do sindicato reafirma que vai cobrar as responsabilidades pelo caos aéreo e pelo descaso dos gestores.