Em nova ação do gás, na manhã de hoje, no conjunto Dom Jaime Câmara, em Padre Miguel, no Rio de Janeiro, o Sindipetro-NF e a Campanha Petroleiro Solidário promoveram a venda de 400 botijões por R$ 50, menos da metade do preço praticado no mercado. Como parte da campanha contra a pobreza menstrual, a ação comunitária também distribuiu 200 pacotes de absorventes higiênicos.
O coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, lembrou que “neste mês da mulher, além das ações do gás, além das cestas básicas, a gente está fazendo essa ação de coletar e distribuir esse item tão importante, que muitas pessoas que não têm que trocar um quilo de arroz por um pacote de absorvente não sabe o tamanho da importância”.
Para o também diretor Alessandro Trindade, liderança destacada das ações da Campanha Petroleiro Solidário, além da ajuda às famílias, essa é uma ação que ajuda a esclarecer de quem é a culpa pelo botijão de gás estar tão caro. Demitido da Petrobrás após doar cestas básicas em uma ocupação de área que não estava sendo utilizada pela empresa, Trindade destacou ainda que “solidariedade não é crime. O governo federal não pode punir as pessoas por esticar a mão e ajudar a quem mais precisa”.
A gravidade do problema da pobreza menstrual igualmente foi pontuada pelo também diretor do NF, José Maria Rangel. Ele explicou que “além da ação do gás, nós estamos fazendo, aqui no conjunto Dom Jaime, um protesto pelo presidente Bolsonaro ter vetado a distribuição de absorventes para aquelas pessoas que enfrentam a pobreza menstrual”.
“Ontem a Câmara derrubou o veto do presidente. Essas pessoas poderiam, desde outubro do ano passado, estar recebendo os seus absorventes. Nos presídios não é dado absorventes. Uma em cada quatro jovens deixam de ir à escola porque não tem dinheiro para comprar absorvente. Esse é o país que a gente vive”, denunciou o sindicalista.
Confira imagens da ação do gás em Padre Miguel:
[Fotos: Luciana Fonseca]