Acidente com baleeira em PNA-2 acende alerta sobre estruturas das plataformas

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Acidente sem vítimas envolvendo uma baleeira, na última sexta, 03, em PNA-2, acende o alerta sobre as condições estruturais das plataformas da Bacia de Campos. Durante um teste, a parte do deck que sustenta a embarcação de emergência sofreu uma deformação.

“Durante execução de teste quinquenal da baleeira 2, ocorreu a deformação da estrutura da varanda no entorno do turco que se inclinou a 45 graus, sem que houvesse queda de materiais ou pessoas no mar. A baleeira encontra-se em lamina d’água, flutuando, com os gatos presos, sem tripulantes, com 70 bombonas com água em seu interior, cada uma contendo 60 litros. Não houve danos à pessoas”, informou a Petrobrás.

Para o coordenador do Departamento de Saúde do Sindipetro-NF, Alexandre Vieira, o caso é muito grave. “A baleeira só não levou o deck embora porque tocou a água. Então ela parou de puxar o deck para baixo. E isso é muito grave, porque esse deck é planejado para aguentar muito mais do que isso”, destaca.

O diretor reforça ainda que a estrutura é feita para suportar operações até mesmo em dias de tempo ruim, o que não era o caso na manhã da última sexta-feira. Para ele, “a estrutura estava com algum comprometimento, o que coloca em xeque toda a inspeção estrutural da unidade e isso pode se refletir até mesmo em outras plataformas”.

“A estrutura cedeu em um dia de tempo bom e ela é pensada para um dia de tempo ruim, com muito mais força de vento agindo sobre essa estrutura. Então é algo bem sério. Vamos acompanhar de perto e pedimos também aos trabalhadores que enviem informações para o sindicato”, explica.

O acidente, que foi considerado pela Petrobrás um “Incidente de alto potencial”, aconteceu às 10h30. Em seguida, a área foi isolada e solicitada embarcação de apoio para avaliação. A baleeira foi resgatada durante o final de semana.

O sindicato vai integrar a comissão de investigação do caso e solicita aos petroleiros e petroleiras que tiverem mais informações que as envie para [email protected]. A entidade garante o sigilo sobre a identidade dos autores ou autoras dos relatos.