Acionistas privados voltam a pressionar Petrobrás sobre convocação da AGE, alerta Rosangela Buzanelli

A representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobrás, Rosangela Buzanelli, publicou em seu blog texto onde explica como a Associação dos Investidores no Mercado de Capitais (Amec) vem atuando para tentar desestabilizar a companhia. Confira:

 

Acionistas privados, por meio da Amec, voltam a pressionar Petrobrás sobre convocação da AGE

Por Rosangela Buzanelli, em seu blog

Passados mais de 40 dias que o Conselho de Administração da Petrobrás rejeitou a proposta de convocar uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para a eleição dos conselheiros e da presidência do CA, acionistas privados voltam à cena para tumultuar a ordem e tentar desestabilizar a companhia. A pressão agora é da Amec, a Associação dos Investidores no Mercado de Capitais, que representa os acionistas minoritários. Na sexta-feira (19), segundo a imprensa, a entidade enviou uma carta à empresa, questionando o motivo pelo qual a AGE não foi realizada em maio.

Vamos desenhar: o pedido de acionistas privados para convocação da AGE não foi acolhido na reunião do Conselho, em 7 de junho, pela esmagadora maioria do colegiado, simplesmente porque não estava fundamentado. Nove dos 11 conselheiros votaram contra, ou seja, a maioria absoluta, por não haver exigência legal ou estatutária para a convocação de uma AGE naquele momento. O CA, com base na legislação e estatuto social, tinha e tem, no caso de renúncia, legitimidade para eleger o novo conselheiro e presidente da companhia. E assim foi feito, tudo dentro das regras, da governança e da lei.

Gostem ou não, o fato é que a União é o sócio controlador da Petróleo Brasileiro S.A., tem pleno direito de nomear seus representantes no Conselho, assim como os presidentes da companhia e do CA. E o fez estritamente dentro das regras e legislação aplicáveis, aparentemente desconhecidas por esses acionistas que, por ignorância ou má-fé, insistem em questionar o inquestionável e não aceitar a decisão soberana do CA.

Tudo indica que a real intenção é provocar instabilidade, desperdiçar energia, para que a empresa não consiga manter o foco e trabalhar na realização dos grandes projetos, vitais para a companhia, para o Brasil e, sim, para seus acionistas.

Qual pedaço do não esses acionistas não entenderam?