Acordo é para ser cumprido

A FUP apresentou à Petrobrás nesta terça-feira, 21, documento cobrando o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho, que vem sendo reiteradamente desrespeitado pelos gestores, tanto no que diz respeito aos fóruns de negociação, quanto a cláusulas que protegem os direitos dos trabalhadores. É o caso da Cláusula 26 do ACT da Araucária Nitrogenados (mesma redação da Cláusula 41 do ACT da Petrobrás), onde a empresa se compromete a não promover demissões, nem transferências, sem negociação prévia com o sindicato.

A despeito do Acordo Coletivo, a gestão da Petrobrás anunciou a demissão em massa dos trabalhadores da Fafen-PR, que souberam do fato pela imprensa. Nem o sindicato, nem a FUP foram sequer informados sobre essa decisão arbitrária.

Dois meses após a assinatura do ACT, a Gerência de Pessoas da Petrobrás segue descumprindo o que foi pactuado com os trabalhadores e desrespeitando os fóruns de negociação. Na reunião desta terça do Grupo de Trabalho sobre banco de horas, os representantes da empresa negaram-se, mais uma vez, a fornecer as informações cobradas pela FUP.

Tem sido assim em todos os GTs e comissões previstas no ACT. Os gestores da empresa descumprem o Acordo, atropelam legislações e o próprio processo de negociação ao impor decisões unilaterais, à revelia dos sindicatos e da vontade dos trabalhadores.

Exemplos não faltam: tabela de turno, hora extra na troca de turno, relógio de ponto, interstício total, PLR, mudanças na AMS, transferências arbitrárias de trabalhadores… e agora a demissões em massa de 1.000 trabalhadores da Araucária Nitrogenados.

“É um descalabro após o outro e nossa resposta tem que ser dura. Não vamos deixar prevalecer a imposição e o autoritarismo de gestores que cumprem tarefas da alta administração da companhia, baixando a cabeça para os foram indicados pelo governo federal para desmontar a nossa empresa, tirar nossos empregos e minar nossa categoria. Se pensam que vamos nos acovardar como eles, estão muito enganados. Vamos honrar a nossa história e reagir à altura a esses ataques”, avisa o diretor da FUP, Deyvid Bacelar.

A resposta dos petroleiros e petroleiras está sendo dada nas assembleias, com a aprovação massiva do indicativo da FUP e dos sindicatos de greve por tempo indeterminado, a partir do dia primeiro de fevereiro.

Participe das assembleias e vamos juntos, de cabeça erguida, transformar nossa indignação em luta.

[Imprensa FUP]