Em entrevista nesta tarde na Rádio NF, o assessor jurídico do Sindipetro-NF, Marco Aurélio Parodi, afirmou que gerentes poderão responder criminalmente em caso de acidentes nas plataformas e demais áreas que estejam sendo operadas por equipes de contingência, integradas pelos chamados pelegos.
O advogado alertou para a irresponsabilidade de colocar pessoas sem qualificação e experiência na operação para assumir o controle da produção. “Muito mais lógico e responsável é negociar com o sindicato a pauta de reivindicações”, disse, referindo-se à Pauta pelo Brasil.
Parodi solicitou à categoria que documente todas formas de assédio, pressões para assumir a produção pelas equipes de contingência, cárcere privado, ameaças ou abordagens individuais indevidas. Os relatos detalhados, se possível com provas, devem ser enviados simultaneamente para os e-mails [email protected] e [email protected].
O sindicato dará encaminhamento jurídico para todas as denúncias. Os casos serão levados ao Ministério Público do Trabalho e à comissão de ética da entidade. As eventuais situações que envolverem acidentes e mortes poderão levar a ações criminais.
Das 45 unidades marítimas que aderiram até o momento à greve dos petroleiros, somente na Bacia de Campos, nove estão sendo operadas por equipes de contingência – as demais estão sendo operadas pelos grevistas, com controle da produção mantida no nível mínimo necessário para a segurança e a habitabilidade.