Agora todos somos um!

Os petroleiros caminham para mais um forte movimento em defesa dos direitos da categoria. Nas assembleias realizadas neste final de semana, com retorno de atas até hoje, os trabalhadores aprovaram massiçamente o indicativo de paralisação por cinco dias a partir da segunda, 23. Novas assembleias ainda acontecerão nas bases de terra.

Agora é hora de consolidarmos essa unidade da categoria. Por isso, o Sindipetro-NF conclama as unidades que democraticamente rejeitaram o indicativo, que refaçam suas assembleias para considerar este novo cenário em que a Greve caminha para ser realizada. Além disso, o sindicato também chama as unidades que não realizaram assembléias a fazê-las, para mostrar toda a força da categoria.

Relatos das plataformas

Importante indicativo do Sindipetro-NF, de que cada unidade escolha os cinco pontos mais críticos na área de segurança e o relatem, também está sendo acatado pela maioria das plataformas. O sindicato parabeniza a todos que enviaram a descrição dos itens e lembra às plataformas que não encaminharam até agora que ainda há tempo de fazê-lo. Estas informações são muito importantes para que a entidade tenha um raio X dos problemas na área de segurança e possa cobrar à Petrobras e denunciá-los nos órgãos fiscalizadores, especialmente a DRT e as Cipas.

Quadro Parcial com 34 plataformas e as bases da UN-Rio, Santa Mônica e Cabiúnas

Indicativos
1) Greve a partir do dia 23
981 a favor, 147 contra e 73 abstenções

2) Assembléia Permanente
1060 a favor, 85 contra e 53 abstenções.

3) Listar cinco condições mais críticas de segurança
19 plataformas já encaminharam

Opinião do NF

Os gerentes não mudam

O tempo passa, o tempo voa, e a gerentada não muda. A videoconferência que eles realizaram na última sexta-feira, a pretexto de expor o plano estratégico da Petrobrás, se mostrou em toda a sua indisfarçável tentativa de desmobilizar a categoria. Resta saber se eles acham que conseguem enganar a mais alguém.
Eles lembraram a crise internacional, como também fez FHC para tentar justificar o corte unilateral de direitos dos trabalhadores (entre eles a dobradinha, que foi retirada em 98 e só no ano seguinte oferecida uma indenização) e precarizar a saúde e a segurança, além de ameaçar com o cenário de demissões, usando o anti-exemplo da Embraer e da Vale do Rio Doce – empresas justamente privatizadas na era Fernando Henriqueana que tantas saudades traz a certos setores da companhia.
Só que a Petrobrás, por obra dos petroleiros e da sociedade brasileira, não foi privatizada (além, claro, de não se prestar a uma comparação com uma padaria, como foi feita), e não deve estar sujeita a esta mesma mentalidade neoliberal de cortes como solução para o enfrentamento de crises. Esta nem mesmo é a orientação do presidente Lula, que tem respondido à crise com mais investimentos e manutenção de vários concursos públicos.
Para os petroleiros, que sabem pertencer à indústria mais lucrativa do mundo e têm a exata noção do seu papel, o que cabe é avançar nos direitos e na justa remuneração por trabalho tão essencial. Não vamos cair no discurso oportunista da crise, vamos lembrar dos resultados, dos riscos que corremos para obtê-los, e do quanto merecemos ser recompensados. O resto é conversa de gerente.
Vamos à luta!