Linhas de gás e de água cobertas por belzona (massa epoxe), guarda-corpos tomados pela corrosão, portas amarradas com cordas, equipamentos e cargas soltas e se deslocando pelo piso, implantação de um procedimento que monitorou por pelo menos oito meses um vazamento. Estas são algumas das realidades relatadas ao Sindipetro-NF sobre a P-31 e a P-33 que foram, também, ilustradas com fotos obtidas pela entidade.
Na terça, 3, os diretores do NF Wilson Reis e Armando Freitas embarcaram, junto com a DRT e representantes da gestão da Petrobrás, e constataram a grave situação da P-33. Hoje o sindicato se reúne, no Rio, com a empresa e com a DRT. Assim como pediu em relação à P-31, a entidade defende a interdição da unidade.
Nesta semana, novos relatos feitos ao sindicato dão conta de que, em PPG-1, um incêndio no almoxarifado expôs toda a fragilidade da segurança da plataforma. “O sinistro ocorreu devido ao acondicionamento de filtros tipo bolsa próximo a uma lâmpada de vapor de sódio sem o vidro de proteção que impede que ela sirva de ignição de fogo. Os filtros ficaram encostando na mesma e o calor provocado pela lâmpada sem proteção causou a ignição dos filtros que acabou se espalhando por uma caixa de madeira que estava próxima. Sorte foi ter ficado somente no interior do almoxarifado, já que nas paredes da parte de fora do almoxarifado ficam armazenados tanque de querosene e tambores de solvente”, diz o relato.
Sensores não funcionam
Os petroleiros da unidade também relatam que “o sensor de fumaça detectou o sinistro, sinalizou na sala de controle, mas o alarme sonoro da sala de controle não atuou, mesmo com uma botoeira sendo quebrada. Foi necessário o supervisor da sala de controle ligar para a sala do TIC e pedir para que o colega acionasse o alarme sonoro”.
Em outra unidade, a P-27, os relatos são de ausência de operação das bombas A e B de incêndio, camarotes com goteiras, linhas cobertas por tubolit e realização de simulados com baleeiras com 50 trabalhadores sem as lingas de segurança.