Ao apagar das luzes, governo Bolsonaro insiste em tirar definitivamente a Petrobrás da Bahia

[FUP] O Polo Bahia Terra, último ativo da Petrobrás na Bahia, voltou a ser negociado pela estatal após a revogação pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro da decisão liminar que paralisava as transações contratuais para a venda do Polo, que engloba os campos de produção e extração de petróleo e gás de Balsamo, Araças, Buracica, Imbé, Taquipe, Santiago e os Parques Recife, São Sebastião e São Paulo, além da Estação Vandemir Ferreira.

O consórcio formado pelas empresas PetroReconcavo e Eneva, chegou a apresentar uma oferta de US$ 1,4 bilhão para a compra do Polo Bahia Terra e já havia dado início às tratativas negociais. A liminar que barrou o processo de venda foi concedida ao consórcio formado pelas empresas Aguila Energia e Participações e a Infra Construtora e Serviço, que fez uma oferta de US$ 1,5 bilhão pelo polo, mas cuja negociação não foi levada adiante.

Com a queda da liminar, a direção da Petrobrás anunciou que vai dar prosseguimento ao processo de venda desses campos. Além de ser o único ativo que restou da Petrobrás na Bahia, o polo é também o último campo de petróleo em terra da Petrobrás no Brasil que ainda não foi comercializado pela estatal.

Para o Sindipetro Bahia, apesar do curto espaço de tempo, já se pode sentir o resultado da política de desinvestimento da Petrobrás no governo Bolsonaro/Guedes: “drásticas reduções de impostos, de postos de trabalho, além de combustíveis caros, o que vem impactando profundamente a economia baiana. A Bahia está sofrendo e a situação tende a piorar com a venda do Polo Bahia Terra”.

A entidade sindical chama a atenção que “com o governo Lula, a Petrobrás vai tomar outro rumo, será fortalecida e voltará a exercer o seu papel de indutora do desenvolvimento nacional, agindo com responsabilidade social”. Portanto, o Sindipetro repudia a continuidade das negociações para a venda do Polo Bahia Terra ao apagar das luzes de um governo que persegue até o fim o seu único objetivo, que é o de destruir a Petrobrás e a soberania do povo brasileiro, justamente quando a estatal irá completar 70 anos de existência.

O Sindipetro defende o encerramento da venda e a continuidade da operação desses campos pela Petrobrás para que mais empregos e impostos sejam gerados, impulsionando o crescimento da economia baiana.