Aos companheiros e companheiras do Norte Fluminense: novamente, petroleiros serão exemplo para o Brasil


 
Na turbulência que invadiu o setor político do país e trouxe, consigo, incertezas diversas sobre o futuro da República, se destaca um fato que permanece intacto a esse tsunami de indecisões: a destruição em massa dos direitos dos trabalhadoras e trabalhadores brasileiros.

Nem mesmo a tal da “delação do fim do mundo”, que colocou em xeque a estrutura da Nova República, foi capaz de colocar um freio na sanha da elite econômica, afinal, em meio a acusações de grande parte dos parlamentares e ministros (além, claro, do próprio presidente), a terceirização precatória foi legalizada, a (contra)reforma trabalhista foi acelerada e a previdência social segue ameaçada de extinção.

Se existe a certeza que a burguesia brasileira intensificou o massacre a nós, proletários, para ampliar sua concentração de renda aumentando a desigualdade social, há, também, outro cenário indubitável: a classe trabalhadora e os movimentos sociais são as únicas forças do país capazes de resistir e evitar tais afrontas.

Afinal, é fácil inferir que as instituições brasileiras estão imersas em um mar de desconfiança que não as fazem capazes de tomar as rédeas de tão necessário um projeto nacional. Tanto o Judiciário de Moro e Mendes, quanto o Legislativo, que tinha Cunha e hoje tem Maia na presidência se somam ao Executivo,  de Eliseu Padilha, Moreira Franco e Michel Temer, para formar a estrutura republicana de menor prestígio na história do país. Portanto, não há outra saída para esta crise que não passe pelos trabalhadores e trabalhadoras desse país.

E se a classe trabalhadora é um dos pilares da resistência tão necessária, a categoria petroleira volta a cena como vanguarda do movimento do país. No Face to Face (Greve Geral, por que fazer?) de Quinta-Feira 20 de Abril, o Coordenador Geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, afirmou que “os petroleiros sempre estiveram à frente dos movimentos históricos da classe trabalhadora e dessa vez não será diferente”.

É pública e notória o peso que a categoria petroleira tem no sindicalismo brasileiro e, consequentemente, na história de lutas e conquistas desse país. Desde as greves anti-ditadura da década de 80, passando pelo movimento contra as privatizações tucanas em 1995 até a pioneira greve de 2015, os petroleiros sempre foram vanguarda da luta de classes nacional.

Por isso, o SindipetroNF indica para suas bases que cruzem os braços dia 28 de abril e participem dos movimentos de rua capitaneados e orientados por todas as centrais sindicais do país. Façamos com que esse dia se torne inesquecível, dando o recado para a Petrobrás e o Brasil que estamos a postos para se defender da agenda neoliberal de direita que nos assola tanto pelas contra-reformas de Temer quanto pela política de arrocho de Parente, que ataca diretamente nossas conquistas e salários, além de precarizar as relações de saúde, segurança e meio ambiente em todas as unidades do sistema Petrobrás.

Por uma Petrobrás forte, integrada e pública, e por um Brasil soberano, democrático e sem desigualdade, todos juntos e juntas, rumos à grande GREVE GERAL 28A!