Apesar da ‘crise’, Petrobras está prestes a recuperar posto de maior empresa do país

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Mauro Santayana*

Em dezembro de 2014, enquanto muita gente corria delas, um dos homens mais ricos do mundo multiplicou sua compra de ações da Petrobras. Já alertávamos que a queda das ações da Petrobras era passageira, e que quem tirasse seu dinheiro da Bolsa apenas estaria facilitando a criação de fortunas por investidores estrangeiros, como George Soros, por exemplo.

Em 2016, a Petróleo Brasileiro Sociedade Anônima já se valorizou em R$ 200 bilhões, (suas ações preferenciais subiram 120% e as ordinárias, 110%), e essa curva ascendente tem espaço para subir ainda mais, com a queda da produção – e consequente aumento dos preços da commoditie – em países produtores não vinculados à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep)

Uma verdadeira paulada na cabeça de muitos brasileiros que se deixaram enganar pelo destrutivismo e o pessimismo anti-Petrobras, da mídia, no processo pré-impeachment.

E dos trouxinhas ideologicamente manipulados que torciam antes da queda de Dilma para que as ações da Petrobras chegassem a R$ 5 e acreditaram – e continuam acreditando, em sua maioria – que a empresa tinha sido definitivamente quebrada pelo PT.

Muitos deles venderam suas ações aos gringos e aos especuladores de sempre, a preço de banana, no início do ano, e agora ainda terão de pagar mais caro pelo preço da gasolina nas bombas nacionais, com a vaga promessa da nova diretoria da BR de que, se o petróleo voltar a cair nos mercados internacionais, os preços também cairão nos postos, dentro do Brasil.

Você acredita nisso, caro leitor?

Nem nós.

Há algumas semanas – lembram ? – dirigentes da empresa foram à mídia anunciar, com estardalhaço oficial, uma queda desse tipo (extremamente “generosa”, de 1,5% na distribuidora) e o que se viu foi aumento do custo da gasolina nas bombas, em quase todo o Brasil – o preço não caiu nem no posto da Salete, na fictícia São Dimas, da Rede Globo.

É essa empresa, com uma tremenda capacidade de recuperação, cuja produção não para de crescer dentro do país, que está tendo seus principais ativos, até mesmo de distribuição, esquartejados, desnacionalizados e vendidos na bacia das almas aos estrangeiros.

De olho nesse espólio, oferecido com a velha desculpa da suposta fragilidade financeira da BR, estão compradores potenciais como a Exxon, cujo CEO, Rex Tillerson, acaba de ser escolhido por Donald Trump para ser o próximo secretário de Estado (Ministro das Relações Exteriores) dos Estados Unidos.

 

* Jornalista, publicado originalmente na Rede Brasil Atual.