Na terça, 9, o Sindipetro-NF denunciou a tentativa da gerência da PRA-1 de impedir de forma arbitrária o contato entre o Sindipetro-NF com os trabalhadores na plataforma. O Geplat da unidade chegou a escoltar o representante sindical até a base da GANGWAY da UMS-Carapebus, solicitando que o mesmo somente retornasse para a reunião no dia seguinte.
O diretor também foi impedido de falar sobre a influência das práticas anti-sindicais na segurança da unidade, para que a informação fosse incluída na ATA de CIPA. Uma atitude que descumpre a NR-5, no disposto 5.28.1 que diz que “não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação direta ou com mediação, será instalado processo de votação, registrando-se a ocorrência na ata da reunião”.
O Sindicato ficou indignado com a postura do Geplat e por conta disso encaminhou ofícios hoje, 12, para as gerências de SMS e RH da UO-RIO exigindo que a Petrobrás apure os fatos ocorridos na unidade PRA1, seus autores sejam responsabilizados e tomadas as providências para que não se repitam, dada a gravidade dos mesmos.
Na segunda,15, o NF enviará ofício ao MTE para que verifique a possibilidade de autuação da empresa, em função do ocorrido na unidade PRA-1. E para o Ministério Público do Trabalho para que inclua a unidade PRA-1 no calendário da Operação Ouro Negro, uma vez que, o ocorrido levanta suspeitas sobre o compromisso da gestão com as questões de segurança.
O Coordenador do Departamento de Saúde, Norton Almeida, diz que tal atitude dos gestores da unidade configura retrocesso na promoção da segurança dos trabalhadores conquistados ao longo de décadas pela categoria. Também demonstra uma infração às determinações da direção empresa, seja pelo ACT assinado ou pelos discursos recorrentes de compromisso com a segurança que a alta administração faz. Por último, caracteriza descumprimento de NR, norma que tem força de lei, portanto, em atitude ilegal e de responsabilidade personalíssima de quem a praticou”.