Após desembarque, petroleiro passa mal no trajeto entre Farol e Macaé

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O Sindipetro-NF tem recebido relatos cada vez mais frequentes de petroleiros que passam mal nos locais de trabalho ou em trajetos da empresa para casa. O Departamento de Saúde da entidade está concluindo um levantamento sobre os casos, que será divulgado em breve. Na sexta, 2, um petroleiro de 35 anos sentiu-se mal no ônibus que havia deixado o Heliporto do Farol de São Thomé, por volta das 16h, e precisou ser atendido no Hospital São José, em Goitacazes, ainda na baixada campista.
O diretor do NF, Wilson Reis, acompanhou o trabalhador no hospital. O petroleiro foi medicado e liberado por volta das 22h, para ser levado para o setor médico da base de Imbetiba, em Macaé, para onde também seguiu o sindicalista. Houve suspeita de que ele poderia ter uma parada cardíaca, atribuída a questões emocionais.
De acordo com Reis, em meio ao atendimento ao petroleiro, da plataforma PGP-1, soube pelos trabalhadores de outra ocorrência, no dia anterior, de desembarque de um empregado da Petrobrás na plataforma PCH-1, também após passar mal.
Para o sindicato, há uma relação entre o aumento do estresse nos locais de trabalho da empresa e os casos de ataques do coração, mal súbito, entre outros problemas de saúde. Segundo Reis, há também uma forte pressão da gestão da empresa para que os petroleiros fiquem calados sobre os problemas que enfrentam.
“Há um assédio grande em cima dos trabalhadores. Conheço um petroleiro que foi militar e ele me disse que nem na força em que servia havia tanta pressão para não relatar pendências de segurança e problemas de ambiência, e tudo acaba sendo resolvido apenas emergencialmente, quando já está quase explodindo”, afirma o sindicalista.
Após ser atendido no setor médico de Imbetiba, o petroleiro foi liberado para ir para um hotel em Macaé. No dia seguinte, pôde então continuar o retorno para a sua residência, no interior de São Paulo.