Após mais de 10 horas de reunião com a FUP e seus sindicatos, que se estendeu até o final da noite de quinta-feira, 22, a Gerência de Recursos Humanos da Petrobrás se comprometeu a apresentar nesta sexta, 23, uma contraproposta que contemple os pontos elencados pelos trabalhadores como fundamentais para o fechamento do acordo coletivo. Foi um árduo processo de negociação, com vários recessos ao longo do dia, para que as partes avaliassem detalhadamente os pontos discutidos em mesa. A FUP e seus sindicatos, insistentemente, pressionaram a empresa durante toda a reunião na busca de uma proposta que atenda de fato às reivindicações da categoria.
A Petrobrás e suas subsidiárias se comprometeram a formalizar hoje os pontos discutidos em mesa, como aumento real, avanços na AMS, acertos no pagamento da hora extra do sobreaviso, melhoria nas tabelas dos auxílios ensino e instalação de um grupo de trabalho para estruturar uma modalidade do benefício para o nível superior, a readequação do ATS dos anistiados da Interbrás e Petromisa, a formatação de um termo aditivo ao acordo coletivo que garanta o adiantamento do pagamento da correção dos benefícios dos assistidos do Plano Petros que repactuaram, a criação de um comitê com participação da FUP para intervir na política de SMS da companhia, incluindo as questões relativas à aposentadoria especial, entre outras reivindicações dos trabalhadores que a empresa se comprometeu a atender.
Todos estes pontos serão formalizados pela Petrobrás e subsidiárias na contraproposta que será apresentada à FUP e sindicatos nesta sexta-feira, 23, às 14 horas. A Direção da Federação se reunirá em seguida para definir os encaminhamentos que serão passados aos sindicatos e trabalhadores.
“Leilão é privatização! Diga não à entrega do petróleo do Brasil”
A FUP, junto com a CUT, a Coordenação dos Movimentos Sociais, o MST e diversos sindicatos e entidades da sociedade civil, participou nesta quinta-feira, 22, de mais um ato político contra os leilões das bacias petrolíferas brasileiras. A manifestação teve início na Praça da Candelária, no centro financeiro do Rio de Janeiro, e seguiu em passeata pela Avenida Rio Branco, onde os manifestantes exigiram a suspensão da 9ª Rodada de Licitação que a Agência Nacional de Petróleo – ANP – pretende dar prosseguimento nos dias 27 e 28 de novembro. Além de dirigentes da FUP, estiveram presentes ao ato trabalhadores do Sindipetro Unificado do Estado de São Paulo, que vieram em caravana de dois ônibus para a manifestação.
No último dia 13, a FUP, junto com os sindicatos filiados, o MST e o Sitramico, já havia realizado um grande ato em frente à sede da Petrobrás, que reuniu mais de 400 petroleiros de várias regiões do país, cobrando a suspensão dos leilões de petróleo e um amplo debate sobre as mudanças necessárias na legislação do setor. Uma das bandeiras de luta da Federação é o fim do artigo 66 da Lei 9478/97, que impôs a criação da Transpetro e a retalhação da Petrobrás em várias subsidiárias. Esta mudança na legislação é fundamental para incorporarmos à holding os trabalhadores da Transpetro e da Refap S.A.
Informe FUP – 23.11.2007 – Campanha Reivindicatória – Sistema Petrobrás