Após denúncia da FUP e sindicatos petroleiros (aqui), a Petrobrás voltou atrás em decisão de conceder um nível automático apenas aos empregados que completaram 60 meses de adesão ao PCR e não haviam sido contemplados com avanço de nível nos últimos cinco anos. A decisão foi publicada pela empresa no último dia 26 em sua rede interna de notícias.
A gestão da companhia afirma agora que “todos os empregados que completaram 60 meses receberão o nível, independentemente de terem sido contemplados em processos no período”. A alegação da empresa para a posição anterior foi a de que “em 2020, o contexto era outro”, que “foi necessário adotar uma série de medidas para que conseguíssemos atravessar um período desafiador”.
A FUP e o sindicato, no entanto, alertam há muito tempo sobre os riscos do PCR. “O Plano de Cargos e Remuneração (PCR) foi uma armadilha que a direção da Petrobrás impôs aos trabalhadores em 2018 para garantir vultosos bônus às gerências e aos executivos da empresa”, denunciou a Federação.
O Sindipetro-NF chegou a dedicar uma capa irreverente do boletim Nascente ao tema, para alertar a categoria sobre as armadilhas do PCR — na época “vendido” pela gestão da empresa como bom para os trabalhadores, inclusive com campanha pela sua adesão por meio de vídeo feito pelo então gerente de Recursos Humanos, Fabrício Gomes.