Argentinos ocupam as ruas em protesto contra Macri e o socorro do FMI

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Da Imprensa da CUT – Movimentos sindical, populares e representantes de partidos políticos de esquerda ocuparam as ruas de Buenos Aires, nesta quinta-feira (17), para protestar contra o pedido de ajuda financeira ao Fundo Monetário Internacional (FMI), rejeitado por 75% dos argentinos, segundo pesquisas realizadas no País

Pelo segundo dia consecutivo, milhares de pessoas seguiram em marcha até a Praça de Maio, em frente à Casa Rosada, sede do governo de Maurício Macri. Nos discursos e palavras de ordem, os manifestantes lembraram o papel nefasto do FMI na crise de 2001 e exigiram uma alternativa que não envolva o pedido de socorro à entidade.

“As pessoas estão sofrendo, e o governo não encontra um caminho que nos leve a um lugar melhor do que o que estávamos. Ao contrário, acreditamos que o caminho escolhido é de mais ajuste e de maior sofrimento para as maiorias”, declarou à AFP Roberto Baigorria, dirigente do partido Livres do Sul (centro-esquerda).

Para os manifestantes, a Argentina sofre uma verdadeira intervenção em sua economia quando recorre ao FMI. E na última vez que o país recorreu à entidade, quebrou, sem soberania monetária e altos níveis de pobreza.

O ex-deputado Alejandro Bodart foi taxativo: as dificuldades econômicas das últimas semanas são apenas o começo.
Segundo ele, o que vem aí é “um ajuste brutal que ocasionará perda de emprego, salários em baixa e uma infinidade de medidas que vão fazer o povo argentino chegar à miséria”.

Com outra pauta, outra numerosa manifestação ocupou a mesma Praça no fim do ato contra o FMI. Formada por docentes e estudantes, este grupo fez a defesa da educação pública e “contra o ajuste” na área.