Artistas, produtores e militantes culturais ocupam desde a noite de ontem o Teatro de Bolso Procópio Ferreira, em Campos dos Goytacazes. A classe artística reivindica a reabertura do espaço, fechado há quase três anos para reformas, e mudanças na política cultural do município.
Menor e mais acolhedor do que o Trianon — outro teatro gerido pela Prefeitura—, o Teatro de Bolso é um tradicional local da resistência do teatro campista. Sua criação foi obra dos próprios artistas, que chegaram a administrá-lo por um período, por meio da Arta (Associação Regional de Teatro Amador).
Os militantes querem a gestão compartilhada do espaço e a reabertura de outros pontos culturais do município, como o Museu Olavo Cardoso e o Palácio da Cultura.
Até a manhã de hoje, a Prefeitura de Campos não havia enviado ao local representantes da área da cultura para dialogar com os manifestantes. Os militantes afirmam que permanecerão no teatro até que a presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, Patrícia Cordeiro, ou a prefeita Rosinha Garotinho vá até o espaço para negociar as reivindicações.
A Prefeitura de Campos divulgou notas em seu site onde afirma que há previsão de reabertura do teatro “nas próximas semanas”, mas não fez referência à ocupação feita pela classe artística.
Nas redes sociais, os militantes registram com a hashtag #ocupateatrodebolso.
[Militantes sobre a marquise do Teatro de Bolso, na noite de ontem – Foto: Reprodução Facebook]