Assedio moral em Cabiúnas na pauta da Justiça do Trabalho

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Nos dias 08 e 09 de março aconteceram audiências na Justiça do Trabalho de Macaé, referente aos processos nº 0010937-07.2015.5.01.0482 e nº 0011866-43.2015.5.01.0481, que tratam de  assédio moral em dois grupos de turno da UTGCAB. Durante as audiências, os prepostos da Petrobrás se recusaram a repassar informações e as ações estão aguardando o posicionamento da justiça.

Os assédio citados ocorreram, respectivamente, em 2011 que foi a expulsão do Grupo B e posterior perseguição, por conta do movimento grevista de 2011 e em 2015 , a punição aos integrantes do Grupo C pela atuação na manifestação do dia 24/07/2015.  O objetivo claro era de podar o espírito de luta dos petroleiros desta unidade.

“Os fatos narrados nessas ações são separados por, aproximadamente, quatro anos, o que não quer dizer que as perseguições e punições tenham ocorrido apenas duas vezes nesse período. Diversos fatos ocorrem diariamente, sendo que alguns até poderiam ser resolvidos sem problemas se houvesse uma construção junto ao sindicato pois, sempre existe uma forma da empresa alcançar seus objetivos de produção sem prejudicar a saúde e a parte financeira do trabalhador” – explica o diretor Claudio Nunes.

As duas ações em referência são exemplos da forma repressora como a gestão operacional da UTGCAB age. Mesmo quando passou das mãos da Transpetro para a Petrobrás, a forma de lidar com os petroleiros não mudou, continuando com o modelo arcaico de repressão aos direitos dos trabalhadores.

“Por conta desse despreparo e distanciamento dos gestores, o assédio extrapolou os muros da unidade e foi para os Tribunais e, infelizmente, a linha de defesa adotada pela gestão da UTGCAB, é a mais covarde e sorrateira possível. Utilizam elementos alheios aos fatos narrados no processo, como, por exemplo, fotos do movimento de 2015 para justificar suas atitudes com o Grupo B, lembrando que a expulsão do citado grupo ocorreu em 2011.

O assédio cometido pela empresa com os companheiros do Grupo C em 2015, é outra ação vergonhosa e difícil até mesmo de contar para quem não conhece o histórico da gestão da UTGCAB, que tem nomes que estão lá há mais de dez anos, porém ocorreu” – conta Claudio Nunes.

Para a diretoria do NF, o posicionamento mínimo que a Petrobrás deveria adotar, após o histórico de denúncias/ações dos mesmos gestores da UTGCAB, seria afastar administrativamente estes gestores de seus cargos, de forma a proteger quem está sendo acusado, até o final da apuração.

Melhor defesa é o ataque

Os petroleiros da UTGCAB precisam mostrar que não estão a favor dos desmandos da gestão, que querem sim fazer a empresa continuar a bater seus recordes de produção, porém com segurança e saúde mental saudável.

Na visão da diretoria existem três formas simples de mostrar isto, uma delas é acompanhar os trabalhos da CIPA, lendo suas atas, participando das setoriais com o sindicato e, principalmente, denunciando ao sindicato as atitudes de perseguição dos gestores da UTGCAB.

“Vamos continuar aceitando sermos podados ou vamos mostrar que estamos resistindo mesmo com as cicatrizes?” – questiona Nunes.